"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Esporte e política...

Quem foi que disse que o esporte não é um ato político? Há muito tempo ele vem sendo empregado na política sim, é só a gente voltar no tempo e analisar os fatos.
Já em Esparta os meninos eram treinados desde muito cedo para virarem guerreiros e defenderem sua cidade dos inimigos políticos, em Roma foi criada a velha (e atualíssima) política do "Pão e Circo", onde o povo tinha lazer de graça, mas que lazer é esse de ver pessoas se degladiando até a morte? Passaram-se os tempos e na Inglaterra do século XIX o esporte começou a ser institucionalizado, começaram as grandes competições e mais disputas políticas para ver quem era o melhor. E na Guerra Fria então, para que mais confronto político no esporte do que nesse período onde EUA e URSS disputavam a dominação do mundo?
Pobre Barão de Coubertin, um sonhador que buscava com o resgate dos antigos Jogos Olímpicos a união entre os povos através do esporte amador (presta atenção que era amador). Imagina se ele ainda vivesse hoje para ver o que os Jogos viraram, o amadorismo, cadê? Hoje o negócio é ganhar e ganhar, não importando se seja por meios lícitos ou ilícitos, o dinheiro fala mais alto e a guerra política continua. Como falou o Pedro Bial (que até me surpreendeu vindo de um jornalista da Globo, se bem que, apesar dele apresentar o BBB, eu ainda o acho um cara muito inteligente sim), o esporte é uma "Alegoria da Guerra". E é sim, só observa a forma dos jogos: dois exércitos (times), um de cada lado da zona de batalha (campo), o objetivo é atingir a bomba (bola) no castelo do inimigo (gol), no castelo está o último guardião que é o rei (goleiro), se todos os soldados (jogadores) forem batidos, resta ao rei defender seu castelo, no final aquele exército que atingir mais vezes a bomba no castelo adversário é o vencedor.
E os diversos termos usados no esporte que têm uma influência da guerra? Sim, como não lembrar "A Batalha dos Aflitos", aquele jogo entre Grêmio e Náutico na final da 2ª divisão, ou dizer que o camarada que faz mais gols numa competição é o "artilheiro", ou pior, é o "matador". E quando o jogo vira uma batalha de verdade, batalha campal mesmo entre os jogadores e acaba refletindo nas arquibancadas, por que eles não vêem que isso é só um jogo e quase sempre um vai vencer e o outro vai perder?
Enfim, isso tudo é só pra criar uma atmosfera pro que vem agora. Em pleno século XXI os atletas não têm o direito de expressar as suas opiniões, nessas Olímpiadas os atletas não podem falar mal da China e dos seus desrespeitos aos Direitos Humanos para não gerar conflito entre os países. Nem o presidente americano também não pode abrir o bico lá em Pequim, (hahahahaha é melhor que ele fique calado mesmo, como disse o Romário: "ele calado é um poeta"). Que palhaçada! E que direito é esse que as pessoas não podem falar o que pensam dos Direitos Humanos? Os EUA e a China vivem falando mal um do outro, mas não pode haver conflito entre ambos porque um depende demais do outro. E aí, o esporte é ou não política?...

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