"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Sobre a felicidade...

A noite mais linda do mundo (A felicidade)

Vamos fazer dessa noite
A noite mais linda do mundo!
Vamos viver nesta noite
A vida inteira num segundo.

Felicidade não existe
O que existe na vida são momentos felizes.

Vamos fazer dessa noite
A noite mais linda do mundo!
Vamos viver nesta noite
A vida inteira num segundo.

Felicidade não existe
O que existe na vida são momentos felizes.

A gente pode ser feliz,
Viver a vida sem sofrer, é não pensar no que vai ser.
Não me pergunte se amanhã o nosso amor vai existir
Não me pergunte, pois não sei!

(Odair José)

"Felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes" é o que diz uma antiga canção que eu pensava ser somente mais um brega desses tantos que existem, mas que recentemente me peguei pensando na sabedoria que traz na sua letra.
Realmente esse negócio chamado de felicidade não existe, o que temos que buscar são momentos felizes em cada atitude do dia-a-dia, seja numa brincadeira com seu afilhado, numa conversa com seu namorado, numa música cantada com sua mãe, numa despedida de um amigo, numa observação do céu noturno, numa leitura de livro com sua irmã, numa queda na esquina do bairro, numa derrota do seu time favorito, num passeio para outra cidade, numa discussão com seu marido, ou seja, é transformar cada instante do dia em um momento feliz, é rir e tornar até mesmo os momentos mais difíceis em alegria, é rir e fazer quem está próximo a você rir também e aí já não terá somente uma pessoa feliz, mas várias. 
E nada traz tanta felicidade quanto ser feliz com alguém e melhor ainda é quando se pode dizer palavras sinceras para as pessoas, dizer o que você realmente sente por elas, isso deve ser o suprassumo da busca pela felicidade. Enfim, devemos buscar momentos felizes em cada momento da vida e deixar que isso se torne rotina, não é possível que assim não se encontre essa tal felicidade...

A Teoria do Amor...

Chega fim de ano e mais uma vez todos desejam a todos as mesmas velhas palavras que lembram velhos sentimentos: paz, saúde, felicidade, amor. Amor? Amor? Amor? Palavras são só palavras e tão difíceis de se entenderem, mais difíceis ainda são esses sentimentos que todos desejam a todos.
Amor? Amor? Amor? Mas o que é isso? Hoje em dia é tão fácil dizer "eu te amo" que eu não sei a que ponto a pessoa que diz sabe realmente o que isso quer dizer, e pior deve ser pra quem recebe essa frase, será que também entende tal sentimento?
Depois de muito pensar resolvi fazer uma Teoria do Amor e descobri que esse tal sentimento pode ser dividido em quatro tipos, são eles:
O Amor Tesão que deve ser aquele sentimento em que você quer ficar com uma pessoa por pura atração física, querer ter bons momentos íntimos com ela, isso é excelente, mas só momentâneo. É o "eu te amo", mas por pouco tempo.
Amor Paixão que deve ser o que acontece entre as pessoas quando elas se conhecem pela primeira vez e acham que pode rolar uma "química" entre elas. É magnífico, você não para de pensar em querer ficar com a outra pessoa, mas se não existe uma recíproca então vem a dor, o sofrimento. É o "eu te amo" loucamente e faria tudo para ficar com você, mas eu posso sofrer por causa disso.
Amor Fraterno que deve ser aquele que a gente sente pelos nossos familiares e pelos nossos amigos, este sim é grandioso. É a vontade de estar sempre disposto a ajudar os outros sem querer nada em troca, sem precisar ficar se exibindo por causa disso. É o "eu te amo" e pode contar comigo pro que for preciso.
Amor Amor que deve ser o tal amor sublime, aquele que une todos os anteriores, aquele em que duas pessoas são capazes de superar todas as adversidades e continuarem se amando. É quando o sentimento torna-se um comportamento e você passa a viver aquilo cada dia. É o "eu te amo" para sempre e vou estar contigo o tempo que for, nos momentos ruins e bons.
Amor? Amor? Amor? No entanto, estas categorias não são estanques, ou seja, você pode variar os tipos de amor com uma mesma pessoa, pode sentir tesão por ela, mas depois se transformar em fraternidade, pode se apaixonar e depois tornar aquilo em verdadeiro amor. E tudo isso é tão insensível, ter que explicar qual tipo de amor você sente por uma pessoa. Mas também tudo isso deve ter acontecido por conta de nós mesmos termos "coisificado" esse sentimento e não conseguir mais diferenciar o que realmente sentimos pelos outros. 
E acho tão feio, tão cruel, tão insensato ter que desejar tantos sentimentos em apenas um dia do ano, por que não fazemos isso sempre? Tem que esperar chegar o fim do ano para desejar bons sentimentos para o próximo ano, qual a lógica desse sistema?
Paz, saúde, felicidade, amor, no final eu desejo só sorte para as pessoas continuarem buscando seus verdadeiros desejos e sentimentos. É, na vida se deve ter muita sorte para se conseguir tudo que quiser e que com a sorte venha a coragem para sair da inércia e ir atrás dos seus sonhos, porque permanecendo parado ninguém consegue nada...

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Do caos ao cosmos...


Instintivamente estou de volta, assim como já fui antigamente, nada sereno quanto a deusa Selene que me mostra em seu sorriso amarelo que devo seguir em frente. E lá em cima no zênite, quando é quarto crescente, em meio a tantas estrelas dissonantes, me lembro do meu coração pulsante e sigo meu caminho adiante.
Integralmente volto a ser, assim como já quiseram me ver, nada brilhante quanto o deus Hélio que me revela todo mistério do ido, doído, do vindo. E lá no alto do céu radiante, me lembro de como era antes na minha pobre mente sã, devo amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Mas percebo que o futuro já não é mesmo como era antigamente, pois o mundo não é mesmo parecido com o que vejo. As plantas, as pessoas, os animais, tudo bombardeado por explosões atômicas e oníricas, transformando cada ser vivo em uma nova espécie vinda lá do alto, do infinito, da estrela mais distante, da galáxia mais distante. E tanto aqui quanto lá estão presentes os mesmos elementos de carbono e oxigênio, de ferro e hidrogênio, que se combinam para viver ou para matar, para dar vida ou para tirar. E infelizmente, nesse jogo de quebra-cabeça atômico, os seres ditos mais inteligentes são aqueles mais deprimentes, a única espécie que levará à sua própria extinção.
Do caos ao cosmos, do cosmos ao caos, vou lembrando de todos e de tudo que já me fizeram mal. Lembro que tudo e todos são tão insignificantes a nível universal, no entanto, decisivos demais a nível mundial. Mas seguem sem carisma, sem carinho, sem conselhos, com conflitos. Por isso seguem sendo aflitos, tendo apuros, sendo atores, sem amores.
Atores numa vida real de riso ou de dor, desvendando as belezas que há no céu e os males que há na terra, seguem todos esperando por uma nova era. Era do caos que virá na explosão solar ou era da esperança perdida no cosmos do lado escuro lunar?
Esqueço tudo isso e observo as estrelas começarem a cair como lágrimas no meu rosto. Aquelas brilham, brilham, brilham, até que cansam e se apagam para sempre. Estas escorrem, escorrem, escorrem, até que cansam e se guardam para sempre. E no meio de tudo estou eu, tentando secar as lágrimas e repor as estrelas em seus devidos lugares, buscando a serenidade de Selene e o brilhantismo de Hélio. E no meio de tudo estou eu, tentando juntar os insignificantes para lhes dar carisma, carinho, conselhos, amores, sem serem aflitos, sem conflitos, sem apuros, sendo atores. Atores de sua própria novela, protagonistas de sua própria vida, buscando e entendendo seus lugares no cosmos, esquecendo um pouco do caos que os move...

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"Muito orgulho, meu pai"...

"Quando eu crescesse eu queria ser que nem você
Agora eu já cresci e ainda quero ser
Eu tenho a cara do pai e tenho cada vez mais
Eu tenho os olhos do pai e o coração
Quando eu crescesse eu queria ser que nem você
Agora eu já cresci e ainda quero ser
Eu tenho orgulho do pai e tenho cada vez mais
É muito orgulho, meu pai e gratidão"
                                                            (Gabriel, o Pensador)


É eu cresci, mas sem o pai. Mas eu não estou aqui para me lamentar de qualquer coisa, para me lamentar de uma peça que a vida (ou seria a morte?) nos pregou, estou aqui somente para lembrar. Não lembrar que já se foi toda uma vida sem um pai, sim, já são 20 anos, já posso dizer que foi uma vida toda. 
Mas não estou aqui para lembrar que ele não tava ao meu lado quando tive que tomar a decisão de mudar de escola, ou quando recebi meu prêmio por aluno exemplar, ou quando passei numa excelente escola de ensino médio, ou quando passei no vestibular. Mas não estou aqui para lembrar que ele não tava ao meu lado quando conheci uma menina, ou para me dizer o que eu devia falar pra ela, ou quando precisei pedi-la em noivado, ou quando nos casamos. Mas não estou aqui para lembrar que ele não tava ao meu lado quando fui aprovado num concurso público, ou para me aconselhar quando tive que ir viver em outra cidade, ou para me ajudar na volta para casa. Mas não estou aqui para lembrar que ele não tava ao meu lado quando sua primeira neta nasceu, ou quando sua próxima vai nascer, ou agora aqui para enxugar minhas lágrimas. 
Devo estar enganado, ele tava sim presente em todos esses momentos, incrível como sempre me lembrei dele em cada um desses momentos e me emocionei em todos. Era o futuro chegando, as alegrias e tristezas aparecendo, mas sempre o lugar à mesa faltando. 
Mesmo com tudo que vivi, ninguém nunca pôde se colocar no lugar que seria dele, ainda bem, foi bem melhor assim. Me virei sozinho e hoje estou aqui para lembrarem que tenho a cara do pai e o coração também, e lembrar que quero seguir em frente deixando em outros rostos e em outros corações a nossa essência, permitindo que alguém me chame de pai também. 
Antes não levava muito em consideração o que as pessoas diziam sobre nossas coincidências e aparências, talvez por não entender direito o peso desse negócio, mas hoje posso dizer que tenho "muito orgulho, meu pai" de ser que nem você, mesmo tendo passado pouco tempo juntos, vou te levar pra sempre na cara e no coração...

domingo, 4 de agosto de 2013

Voyager...


“Nossas atitudes, nossa pretensa importância, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no Universo, tudo é posto em dúvida por esse ponto de luz pálida. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande escuridão cósmica circundante. Em nossa obscuridade, em meio a toda essa imensidão, não há nenhum indício de que, de algum outro mundo, virá socorro que nos salve de nós mesmos.”
(Pálido Ponto Azul - Carl Sagan)

Somos fracos frutos do acaso, um descaso do destino. Somos pobres viajantes paridos pelo caos, meros espectadores do universo. Somos imperfeições que deram certo, mutações da natureza. Somos sérios seres insignificantes, uma raridade em forma de vida. Somos poeira das estrelas, uma disparidade dos céus. Somos acidentes de percurso, perdidos no curso do tempo e do espaço sideral. Somos um conjunto de átomos, como tantos presentes por toda parte. Somos detalhes de uma irradiação fóssil, dilapidados só como se fôsseis. Somos náufragos da nau à deriva, passageiros de um pálido ponto azul.
Nada de divino entre nós, apenas somos a evolução de outros animais. Nada de diferente dos outros, somos todos iguais. Nada de holofotes sobre nós, apenas somos um filete de luz no escuro. Nada de astrônomos ou astronautas, na verdade, nada mais somos do que astrólogos tentando desvendar o futuro. Nada de superioridade, não estamos no centro, somos a periferia do universo, o giro que chegará ao fim.
Enquanto isso eu estou aqui, no limite do que era infinito até anos atrás, na beira do espaço profundo, saindo do Sistema Solar depois de uma longa viagem pela escuridão até chegar ao espaço interestelar.  Eu estou aqui apenas observando-os girar, girar e girar em torno de uma estrela que um dia se apagará. Até quando, meu Deus, até quando?...

terça-feira, 23 de julho de 2013

Intertextualidade²...

"— Quantas pessoas acha que morreram?
— Tipo, quantas personagens fictícias morreram neste filme fictício? Não o suficiente — ele brincou.
— Não, quer dizer, tipo, desde sempre. Tipo, quantas pessoas você acha que já morreram até hoje?
— Por acaso, eu sei a resposta para essa pergunta — ele disse. — Há sete bilhões de pessoas vivas no mundo, e mais ou menos noventa e oito bilhões de mortos.
— Ah — falei.
Eu achava que porque o crescimento populacional tinha sido muito acelerado, houvesse mais pessoas vivas do que todos os mortos juntos.
— Há cerca de quatorze pessoas mortas para cada vivo — ele disse.
[...]
— Pesquisei isso uns anos atrás — o Augustus continuou. — Eu estava me perguntando se todo mundo poderia ser lembrado. Tipo, se nós nos organizássemos, e designássemos uma determinada quantidade de cadáveres para cada vivo, será que haveria pessoas vivas o suficiente para se lembrar de todos os mortos?
— E há?
— Claro. Qualquer um pode listar quatorze mortos. Mas nós somos uns pranteadores muito desorganizados, por isso acaba que muitas pessoas se lembram de Shakespeare e ninguém nem pensa na pessoa para quem ele escreveu o soneto cinquenta e cinco.
— É — falei."

(A Culpa é das Estrelas - John Green)


Esta passagem do "A Culpa é das Estrelas" trata-se de um diálogo entre Hazel Grace e Augustus Waters (página 140), onde após eles assitirem um filme ela pergunta: "Quantas pessoas acha que morreram?". Assim que li me lembrei logo de um dos primeiros posts que publiquei aqui no blog, trata-se do "Quantos mortos têm no mundo?...", no qual também me questiono sobre a quantidade de mortos que pode existir na Terra. Pensava que era somente eu que pensava sobre essas coisas. É legal duas partes deste livro me fazerem lembrar de coisas que já escrevi sobre e que, coincidentemente, falam do mesmo tema, a morte. Por que será isso hein?...

domingo, 14 de julho de 2013

Intertextualidade...

"Vai chegar um dia [...] em que todos vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo. Não vai sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui [...] vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo e pode ser que demore milhões de anos, mas, mesmo que o mundo sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre. Houve um tempo antes do surgimento da consciência nos organismos vivos, e vai haver outro depois. E se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe esse assunto para lá. Deus sabe que é isso o que todo mundo faz."

(A Culpa é das Estrelas - John Green)

Carpe diem
                                                        
Nem todo dia é dia de sol.
Nem sempre o melhor vai vencer.
Nem sempre as lágrimas são de tristeza.
Nem todo ser livre tem liberdade.
Nem sempre você conhece a si mesmo.
Nem sempre as palavras dizem algo.
Nem todo coração bate feliz.

Haverá um dia que não existirá mais dia.
Nunca mais haverá o melhor.
Nunca mais uma lágrima escorrerá pelo seu rosto.
Haverá um dia que não existirá liberdade.
Nunca mais alguém vai lhe conhecer.
Nunca mais você precisará das palavras.
Haverá um dia que seu coração não vai bater.

(Janderson Oliveira) 

Nos últimos dias eu li um livro chamado "A Culpa é das Estrelas", de John Green, e enquanto estava lendo a página 19, me deparei com uma fala da personagem principal, Hazel Grace, afirmando o que coloquei na citação acima. Logo que li, me lembrei de um poema, "Carpe diem", que escrevi há alguns anos atrás (talvez em 2008) e fiquei impressionado como aquela passagem do livro explicava exatamente o meu sentimento ao escrever o poema, este sentimento de "esquecimento", onde no final, lá no final mesmo, o fim de tudo, ninguém vai ser lembrado. Por isso o nome do poema é este que significa "aproveite o dia", por isso sigo insistindo em aproveitar tudo isso aqui, cada dia de sol e de chuva também, cada vitória e cada derrota, cada lágrima de tristeza ou de felicidade, enfim, temos que aproveitar a vida, pois como já disse várias vezes aqui nesse mesmo blog, temos apenas UMA para ser vivida...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pós-modernidade

Conceito de moderno? Sei mais nem o que é isso.
Eu vivo é no pós-moderno rebuliço.
O moderno já está ultrapassado,
A onda agora é o pós-moderno acelerado.
Ninguém lembra mais das fábricas da Revolução,
O bom agora é o poder da comunicação.
O mundo todo cabe na palma da mão,
Com câmera, som, celular, internet e televisão.
Se dá algum problema, junta tudo e joga fora,
Já tem outro prontinho na hora.
Você não precisa mais nem visitar um amigo,
Não importa a distância, ele está sempre contigo.
Não necessita mais de um beijo, de um toque ou de um abração,
É só ver a cara dele naquele bicho de terceira geração.
O negócio agora não é mais micro, é nano.
Não é mais física clássica, é quântica.
Não é mais poesia no papel, é digital.
Não é mais beijo de língua, é virtual.
A pós-modernidade pôs a humanidade em xeque,
Não precisa mais nem preencher o cheque.
Deixa que a máquina faz isso pra você.
Na pós-modernidade até a água tem sabor,
Ela não é mais insípida, inodora e nem incolor.
Vamos acasalar com o robô ginóide
E esperar pra ver o que nasce.
Vamos dar de comer pro cachorro mecânico
E esperar que ele se engasgue.
Vamos batalhar pelo super computador,
Pode ser que só assim diminua a dor.   
Vamos construir mais neologismos internéticos
E continuar vivendo nesse ritmo frenético.
E assim caminha a humanidade,
Aproveitando a pós-modernidade.
Mas quanto vale um quantum?
Quanto vale um chip?
Quanto vale um software?
Quando o respeito não existe mais.
Quando o povo não vive mais em paz.
E o amor vale quanto?
Põe na minha conta que eu pago.


(Janderson Oliveira)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Salve, salve o Mangue Boy Malungo...

No dia 13 de março de 1966 nascia Francisco de Assis, o Mangue Boy Malungo, mais conhecido como Chico Science, um dos responsáveis por criar o Manguebeat, junto com os tambores pesados, os riffs de guitarra e os grooves de contrabaixo da sua Nação Zumbi. Dono de voz e dancinhas insubstituíveis, Chico Science faleceu em 1997 devido a um acidente de carro causado por falha no seu cinto de segurança. No vídeo abaixo, Chico fala um pouco da sua Nação Zumbi.


O próximo vídeo é da música "Malungo", gravada no ano de 1998, logo após a morte de Chico Science, em que os membros da Nação Zumbi (que tá na ativa até hoje) juntamente com Fred 04, Jorge Benjor, Marcelo Falcão e Marcelo D2 homenageiam o grande Mangue Boy Malungo Chico Science. Esta é uma daquelas músicas para se ouvir em alto e bom som.


Coincidentemente no mesmo dia 13 de março, hoje, foi escolhido um novo Papa e que utilizará o nome de Francisco, seria uma homenagem ao grande Chico Science? Risos...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Fichas sujas


Caras canalhas Calheiros,
Genoinos gentios garapeiros,
Que sugam o suado dinheiro
Do nosso pobre povo brasileiro
Pra investir nos seus podres puteiros,
Ou seja lá onde lhes for mais conveniente.

Senhores de terno e gravata
Que têm o poder de mudar a nação,
Acabam mesmo é desviando
O dinheiro que seria pra educação,
Criando o grande mal da corrupção.
Ou seja lá do que vocês queiram chamar.

Vocês que são os verdadeiros urubus,
Comendo a parte daqueles que levam a cruz.
Nós que somos verdadeiros guerreiros,
Colocando pra funcionar o sistema brasileiro,
Mesmo sabendo que o caminho é traiçoeiro,
Ou seja lá como você achar que for.

Corrupto que engana a população,
Bandido que leva vida de barão,
Tantos nomes pra dar a minha opinião:
Salafrário, mentiroso, ladrão.
Político ficha suja,
Mais sujo ainda é o seu coração.
                             (Janderson Oliveira)

Geralmente quando estou indo pra escola pela manhã eu começo a lembrar de algumas músicas e vou cantarolando mentalmente. A música de hoje era "Pega ladrão!", de Gabriel, o Pensador, que é um pouco antiga, mas traduz muito bem o que acontece ainda hoje em nosso país, a corrupção. Lembrando dos versos: "Pega ladrão, no Governo. Pega ladrão, no Congresso. Pega ladrão, no Senado. Pega lá na Câmara dos Deputados", eu não podia deixar de lembrar dos figuras Renan Calheiros e José Genoino. Então, ainda no caminho da escola pensei no primeiro trecho do texto e a tarde completei. Dando umas pesquisadas básicas na net ainda fui surpreendido por essa brincadeira de mau gosto do irmão de Renan Calheiros, vibrando com a sua volta à presidência do Senado, ninguém merece: 

A VOLTA

Hoje saiu dos meus ombros essa cruz
Pra tirar do meu peito esse catarro
Nessa imprensa fétida escarro
Jornalistas, hipócritas, urubus
Se espremer essa corja só sai pus
O senador deu um troco alvissareiro
Tá de volta mostrando que é guerreiro
Competente, leal, tem brilho e luz
Deu a volta por cima e enfim conduz
Os destinos do Congresso brasileiro
                                       (Robson Calheiros)

Só no nosso país mesmo que os corruptos não são punidos, voltam ao poder e ainda tiram sarro de nossas caras, ê ê Brasil! Mas é assim mesmo, um dia a gente aprende, enquanto isso vamos esquecer um pouco essa conversa fiada que não leva à nada e vamos bater palmas pras nossas escolas de samba que começarão a desfilar hoje no nosso lindo Carnaval e esperar que a quarta-feira de Cinzas chegue com a contagem de nossos mortos e tragédias...