"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Desligue a TV



De vez em quanto olhe um pouco pro céu
De vez em quando pise com o pé no chão
De vez em quando dê um grande sorriso
De vez em quando encare a cara do mundo
De vez em quando abrace e beije o que der
De vez em quando tome um banho de mar

Desligue a tv que o que você vê
Pra viver não é preciso

De vez em quandosinta o seu coração
De vez em quando se apaixone demais
De vez em quando chore um pouco também
De vez em quando fique um pouco sozinho
De vez em quando caia na multidão
De vez em quando faça o que bem quiser

É como diz o ditado:
- Não fazer nada fica mal acostumado

De vez em quando pense no seu futuro
De vez em quando olhe pro seu passado
De vez em quando saiba quem você é
De vez em quando use bermuda e chinelo
De vez em quando faça uma viagem
De vez em quando faça versos de amor

Desligue a tv que o que você vê
Pra viver não é preciso

De vez em quando sinta o cheiro da chuva
De vez em quando tome um vinho num bar
De vez em quando um bom livro pra ler
De vez em quando é bom sair do casulo
De vez em quando o balanço da terra
De vez em quando o balanço do mar

É como diz o ditado:
- Não fazer nada fica mal acostumado
Desligue a tv que o que você vê
Pra viver não é preciso

(Beto Brito)

Um dia desses aí eu entrei no Orkut e tinha um recado lá pra mim desse cara, Beto Brito. Ele pediu pra mim dá uma olhada no trabalho dele que está no site www.betobrito.com, eu entrei no site e simplesmente me apaixonei pelas músicas do cara. Uma mistura de forró com rock, guitarra com rabeca, tudo acabando no seu "Imbolê", mas uma mistura ótima da música brasileira. Poisé, entrem no site e descubram a música de Beto Brito, esse vídeo aqui é da música "Desligue a TV" (o que você vê pra viver não é preciso), desfrutem bem...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Cheguei aos 21...

Ontem cheguei aos 21 e o terceiro passo foi dado em minha jovem vida. Daqui pra frente creio que vai ser tudo mais difícil, mais preocupações, mais responsabilidades, a adultez definitivamente chegou e já sou um homem feito.
Há 21 anos eu estava nascendo, nem no dia 19 e nem no dia 21, mas no dia 20 de fevereiro, um número fechado. Dizem que sou do signo de Peixes, se bem que não acredito muito nessas coisas, mas as características desse signo encaixam na minha personalidade. Todo pisciano é sonhador, sensível, chorão e não sou muito diferente disso não.
Nasci no período do carnaval, mas não sou nada carnavalesco, nada folião. Não gosto da algazarra, da folia, prefiro o silêncio da calmaria. "Dançamos no silêncio, choramos no carnaval" e isso quase que é verdade para mim.
Ontem eu ganhei muitos presentes, muitas coisas materiais, mas sem sombra de dúvidas os principais presentes foram as palavras. Palavras sinceras vindas de uma pessoa sincera e que é a que eu mais amo na minha vida, a pessoa mais importante para mim. Essa pessoa não gosta muito de expor seus sentimentos, mas quando faz isso, só falta me matar de alegria e de emoção. Só ela sabe quem eu realmente sou de verdade, só ela entende esse pobre sonhador, só ela entende meus códigos, só com ela sei me livrar das minhas angústias. Com ela eu tenho afeto, afago, afinidade, amor. Obrigado por tudo, você que me ama de verdade.
Para o próximo aniversário só queria uma coisa, queria que as pessoas fossem mais parecidas comigo, não iguais é claro, mas pelo menos parecidas. Queria que as pessoas fossem menos egoístas, mais generosas. Menos más, mais afáveis. Menos preconceituosas, mais verdadeiras. Só por um dia queria que as pessoas amassem a todas e soubessem respeitar as diferenças, aí sim elas veriam que esse é o caminho certo para o futuro dessa humanidade tão desorientada. Sei que isso é impossível nos dias de hoje, mas ainda tenho esperança nesse bicho chamado "ser humano".
Retribuo a todos as palavras que desejaram para mim neste meu aniversário, muitas felicidades, saúde, amor e muito, mais muito mais para todos nós...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O que você vai ser quando você morrer?...

E aí, quem estará vivo para responder esta pergunta? O que você vai ser quando você morrer? Andei pensando e existem várias opções para este fato de nossas vidas, ou, de nossas mortes. Você pode simplesmente querer ser enterrado numa vala comum (“sem discurso liberal”), você que tem uma graninha a mais pode optar por um túmulo bonito para ficar lá pra sempre ou até tirarem seus restos mortais de lá. Também tem a opção de ser cremado, aí você pode ser jogado num lago, no mar ou pode ficar guardado numa caixinha para sempre com sua família. Lendo umas coisas por aí, descobri algo surpreendente sobre a morte, ou sobre o após morte, você sabia que agora você pode pagar (ainda em vida é claro) para suas cinzas serem jogadas no espaço? É meu amigo, isso já existe sim.
Vixe, relendo esse parágrafo aí em cima pensei, até na morte existem diferenças econômicas, os menos favorecidos são enterrados em qualquer cova por aí, agora os ricos, já que com certeza deve ser caríssimo enviar seus restos mortais para lá, já podem ficar para sempre viajando sem rumo pelo universo afora, ou pelo menos as suas cinzas.
Ainda tem outra opção, a mumificação. Aqueles que como vários povos de antigamente acreditam que podem voltar a viver, é só se conservar naquele monte de pano. E os que acreditam em espíritos, almas ou coisas parecidas? Seus corpos irão ficar e automaticamente sua alma vai vagar por aí até encontrar outro abrigo? Ou aqueles que como Jesus, acham que vão ressuscitar, o catolicismo realmente prega isso?
Para não entrar em questões religiosas, prefiro ficar apenas na minha vã filosofia que talvez para muitos não sirva pra nada, mas pra mim serve muito. E aí, já escolheu o que você quer ser quando morrer? Prefiro apenas continuar vivendo esta vida que como já disse muitas vezes, tenho apenas essa pra ser vivida. A morte? Ah a morte, enquanto muitos pensam no após a morte, tô nem aí pra isso, é só esperar ela chegar e olhe que um dia ela chega, pode vir devagar, mas pode chegar daqui a pouco, é só o fim dessa coisa maravilhosa que é a vida, nada mais...

Eu também vou reclamar



Mas é que se agora
Pra fazer sucesso,
Pra vender disco
De protesto
Todo mundo tem
Que reclamar.

Eu vou tirar
Meu pé da estrada
E vou entrar também
Nessa jogada
E vamos ver agora
Quem é que vai güentar.

Porque eu fui o primeiro
E já passou tanto janeiro,
Mas se todos gostam
Eu vou voltar.

Tô trancado aqui no quarto
De pijama
Porque tem visita estranha na sala
Aí eu pego e passo
A vista no jornal.

Um piloto rouba um "mig",
Gelo em Marte, diz a Viking,
Mas no entanto não há galinha em meu quintal.
Compro móveis estofados,
Me aposento com saúde
Pela assistência social.

Dois problemas se misturam
A verdade do Universo
A prestação que vai vencer.
Entro com a garrafa
De bebida enrustida
Porque minha mulher
Não pode ver.

Ligo o rádio
E ouço um chato
Que me grita nos ouvidos
"Pare o mundo
Que eu quero descer".

Olho os livros
Na minha estante
Que nada dizem de importante,
Servem só prá quem
Não sabe ler.

E a empregada
Me bate à porta,
Me explicando
Que tá toda torta
E já que não sabe
O que vai dá prá mim comer.

Falam em nuvens passageiras
Mandam ver qualquer besteira
E eu não tenho nada
Pra escolher.

Apesar dessa voz chata
E renitente
Eu não tô aqui
Pra me queixar
E nem sou apenas o cantor.

Que eu já passei
Por Elvis Presley,
Imitei Mr. Bob Dylan and you know
Eu já cansei de ver
O sol se pôr.

Agora eu sou apenas
Um latino-americano
Que não tem cheiro
Nem sabor.

E as perguntas continuam
Sempre as mesmas,
Quem eu sou?
Da onde venho?
E aonde vou, dá?
E todo mundo explica tudo
Como a luz acende
Como um avião pode voar.

Ao meu lado um dicionário
Cheio de palavras
Que eu sei que nunca vou usar.

Mas agora eu também resolvi
Dar uma queixadinha
Porque eu sou um rapaz latino-americano
Que também sabe
Se lamentar.

E sendo nuvem passageira
Não me leva nem à beira
Disso tudo
Que eu quero chegar.
-E fim de papo!

(Raul Seixas / Paulo Coelho)

Para mim, com certeza esse foi o primeiro cara rock n' roll que eu escutei na vida. Quando eu ainda era menino vivia cantarolando por aí "Quem não tem colírio usa óculos escuro", sabia nem de quem era a música. Aí num aniversário meu, acho que de 1996, no auge dos meus oito anos ("Oh que saudades que tenho da aurora da minha vida...) ganhei um CD da minha tia, era uma coletânea com os grandes sucessos de Raul. Pronto, a partir daí num parei mais de ouvir e tocar Raul, já ouvi de tudo dele, tanto os sucessos quanto o "lado B", Raulzito e os Panteras (comportado feito os Beatles, depois virou maluco beleza), cantou músicas do Elvis e até em espanhol descobri que o cara gravou. E é bom que o cara num ficou só no rock (ele que foi um dos pioneiros do gênero no Brasil), passou pelo baião, brega, forró e até toques de macumba também. Realmente esse cara foi um dos grandes da nossa música. Essa música aí chama-se "Eu também vou reclamar" do "lado B" do Raul, dê uma olhada no clipe, alright...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Só algumas coisas sobre mim...

A minha vida é vivida a passos lentos, lentos mais que sempre chegam lá. Os passos sempre chegam ao caminho certo, mesmo dando voltas demais para chegar. A minha vida realmente é diferente, o mais difícil é muito fácil e o mais fácil é muito, mais muito difícil mesmo. O que era pra ser mais fácil, como ter um pai, é uma coisa bem difícil pra mim, ora bolas, todo mundo tem um pai, é tão normal. Mas eu não, aos 5 eu já não tinha mais pai e nunca ninguém ocupou esse espaço, não sei se isso foi bom ou ruim. O que era pra ser tão difícil, como passar numa instituição pública de ensino, foi tão fácil pra mim, passei logo foi em duas. Sem esforço algum passei no Ensino Médio (CEFET-CE) e no Ensino Superior (UFC) e sem estudar quase nada, só fiz as provas com o pouquinho que sabia e quando saiu o resultado estava lá a surpresa: APROVADO. Eu sou tão assim, digamos, sortudo, quando eu menos espero as coisas boas acontecem na minha vida, do nada, mas sempre está ocorrendo coisas ruins também, não quero falar sobre isso, mas dia-a-dia as coisas ruins acontecem na minha vida e é logo com as pessoas que estão perto de mim, mas isso não quero falar. Apesar de tudo eu posso dizer que sou uma pessoa muito feliz e que adora e ama a vida, afinal de contas temos apenas uma pra ser vivida. E ela deve ser bem vivida, especialmente com aquelas pessoas que nós amamos e olhe que eu amo muita gente, mais muita gente mesmo, é que muitas vezes não sei demonstrar esse amor, talvez sinta vergonha de demonstrar, mas espero que chegue um dia que eu possa sair falando pra todos que eu gosto: eu te amo. Enquanto isso sigo minha vida de pensador/sonhador, adorando o meu jeito de ser, sem precisar usar nada (nada que eu digo são drogas, álcool, ou coisa parecida) pra me sentir mais feliz e disposto a continuar vivendo, querendo sempre ajudar um amigo que precisa e esperando pra ver as surpresas que continuarão a aparecer no meu caminho...

Eles lá e eu cá

Enquanto eles roubam lá em cima,
Eu apenas observo aqui embaixo.
Enquanto eles pedem milhões emprestados,
Eu estou no sinal pedindo trocados.
Enquanto todo dia eles mentem na televisão,
Eu só queria que eles investissem em educação.
Enquanto eles escondem a sujeira embaixo dos tapetes,
Eu vivo na sujeira e já me faltam alguns dentes.
Enquanto eles brigam chamando o outro de ladrão,
Eu brigo com meus irmãos por um prato de feijão.
Enquanto eles não são cassados pela ordem judicial,
Eu sou caçado e visto sempre como um animal.
Enquanto eles estão cercados de luxo,
Eu tenho que procurar minha comida no lixo.
Enquanto eles pedem tempo para se defender,
Eu fico aqui por baixo esperando o que vai acontecer.
Enquanto cada um deles continua feliz,
Eu só quero ter um jeito de mudar o meu país.
Enquanto eles não estão presos no canil,
Eu ainda quero ser o futuro do Brasil.

(Janderson Oliveira)

Já faz tempo que escrevi essa poesia, que na verdade não é nem poesia, é uma crítica mesmo. Foi logo quando descobri o prazer de escrever e inspirado no escândalo do mensalão e na letra da música "Vossa Excelência" dos Titãs escrevi isso aí, o grande contraste que existe entre aqueles que governam o nosso país e aqueles que passam os dias "Nas esquinas e nos sinais". E como esse contraste se espalha não só pelo Brasil, mas pelo mundo todo, deve ser por isso que ela foi classificada para o projeto Latinidade Poética...

Arma do bem

Descobri uma nova arma,
Mas essa não machuca ninguém.
Pelo contrário, ela só traz o bem.
Com ela eu posso atirar para todo lado
E quem for atingido passa a ser meu aliado.
Essa arma de que falo é o amor,
Que na verdade é muito mais que um sentimento,
Ele passa a ser um comportamento.
Ou melhor, uma forma de se viver,
Sempre disposto a respeitar e acolher.
Essa arma tem muito a nos oferecer,
Pois não importa a sua idade
Ela sempre trará paz, alegria e felicidade.
Atire em quem você quiser e não se decepcionará.
Quem for atingido será feliz e começa a te amar.
O amor não é sofrer,
O sofrer não é amor.
Quem ama não sofre,
Quem sofre não ama.
Então quando você me encontrar,
Não hesite, você pode atirar
E mais um grande amor você irá ganhar.

(Janderson Felipe)

Escrevi essa poesia no começo de 2008, num período em que falei muito de amor nas minhas poesias (quer dizer, eu sempre estou falando de amor). Vendo na TV sempre reportagens sobre a violência nas nossas cidades, tiros, armas e mortes, pensei: se existe tanta arma matando por aí, então por que não uma arma do bem? Juntei os pensamentos e saiu isso aí. Agora com o convite para a Antologia Amor e Paixão vi que essa era a poesia que tinha mais a ver com o tema e felizmente fui classificado para fazer parte do livro...

Oh felicidade...

Uruuuuuuuuu, muito feliz por ter duas poesias escolhidas para fazerem parte de livros. Nesse mês de janeiro recebi dois convites para participar de projetos coletivos de criação de livros. O primeiro deles foi a “Antologia de Prosa e Poesia ‘Amor e Paixão’”, idealizada pelo site celeirodeescritores.org que produz diversos livros desta maneira. O outro foi o projeto “Latinidade Poética – O melhor de poesia latino-americana” idealizado pelo escritor e jornalista uruguaio Marcelo Puglia. Mandei uma poesia para cada projeto, sem muita confiança de ser classificado, mas felizmente fui classificado para ambos os projetos e agora estou muito feliz por ter duas poesias publicadas, será o primeiro passo para o meu livro autoral? (Falta só a grana). Enfim, para a Antologia Amor e Paixão enviei a poesia “Arma do bem” e para o projeto Latinidade Poética enviei a poesia “Eles lá e eu cá” concorrendo no tema Crítica Social, estou postando as duas poesias e falando um pouquinho sobre elas aqui no blog. Agora com as poesias classificadas é só esperar para vê-las nos livros, tô muito feliz mesmo oh galera...