"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Fim do túnel...

Cheguei ao fim do túnel e aqui não tem nenhuma luz. E agora o que eu faço? Volto, corro, fico aqui parado? Está escuro demais pra ver, nem minha própria sombra me persegue mais. Ouço ruídos, talvez sejam vozes, mas de onde vêm essas vozes, será que têm pessoas aqui além de mim? Sigo tateando as paredes do túnel, mas sigo sem ver nada nem ninguém. Onde eu fui parar meu São Crispim? Pra quê fui confiar no ditado, agora estou é perdido no fim do túnel. Não tem nenhuma luz aqui não, nem uma lâmpada, nem uma vela, nem uma lanterna, nem mesmo um palito de fósforo aceso. Opa, as vozes parecem estar se aproximando daqui, minhas pernas estão bambas de medo. Meu São Jorge me ajude, o que eu faço pra me proteger? Valha, as vozes estão chegando aqui, parece as mesmas vozes que eu escuto toda noite nos meus pesadelos.
- Oh Sebastião, tu esqueceu de religar minha luz hômi, eu já paguei o diacho daquela conta que tava atrasada.
- Disculpa dona Josefa, já tô indo ligar a sua luz.
Ai que alívio, bem que o povo diz que sempre tem uma luz no fim do túnel, mesmo que ela demore a acender por diversos motivos, mas uma hora ela vai acender. Aí lembro de outro ditado: "A esperança é a última que morre", nesse caso eu já estava crente que esse ditado também ia por água abaixo, mas a esperança e a luz da Josefa me salvaram. Por isso que eu digo, não há nada mais certo que a sabedoria e as coisas ditas pelo povo...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Noite de Natal...

É Natal, é Natal, noite de Natal. Mas a neve não cai lá fora, os sinos não tocam (nem dobram a esquina), o Papai Noel não desce pela chaminé. Mas também, eu estou no Ceará e aqui nunca nevou nem vai nevar, a igreja mais próxima está muito longe e Papai Noel, ah já faz muito tempo que não acredito nele mesmo e aqui em casa não tem chaminé. Fica tudo apenas nos enlatados norte-americanos que nos enganam a cada ano que passa.
E essas luzes que não páram de piscar. São luzes que piscam, piscam e me irritam. Está próximo da hora do aniversário do menino e a grande multidão que diz acreditar na sua história não está nem aí pra ele. Essa multidão prefere esconder suas mágoas e seus pecados na dose de champanhe gelada que acabaram de tirar do congelador. Talvez hoje aquele Papai Noel do início seja mais lembrado que o menino, o Papai Noel e todos os seus valiosos presentes.
E a dois mil e nove anos a história continua a ser contada e passada de geração a geração, pena que a cada geração essa história vai sendo distorcida por aqueles que querem manter as riquezas nas mãos.
O anjo anunciou,
A estrela guiou,
O rei mago chegou,
O menino nasceu.
Ah se o menino ainda estevesse aqui para ver no que o nascimento dele virou.
Enquanto muitos festejam essa data, muitos estão por aí, pelos sinais, pelas esquinas, sem festa, sem roupa nova, sem ceia. Eu vi, sim eu vi com meus próprios olhos a verdadeira realidade. Se ninguém olha por eles, talvez aquele velho e atual menino olhe.
Felicidades e amor para todos, não porque é Natal, mas porque eu desejo isso todos os dias do ano e não somente numa data que a cada ano vai perdendo o seu real significado, que talvez pra mim não signifique muita coisa não. Desculpa aqueles que acreditam nos milagres do menino, sei que ele foi uma boa pessoa (inclusive comecei a ler sua história, mas por curiosidade do que por acreditar em algo maior), mas se já sou grandinho para não acreditar em Papai Noel, também aprendi o suficiente para não acreditar em diversas outras coisas...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

E quando me pedirem

E quando me pedirem para odiar as pessoas,
É aí que vou amar quantas mais eu puder.
E quando me pedirem para entregar os pontos,
É aí que vou fazer de tudo para virar o jogo.
E quando me pedirem para eu ser cruel,
É aí que vou espalhar ainda mais minha delicadeza.
E quando me pedirem para esquecer os necessitados,
É aí que eu vou dar a mão para levantá-los.
E quando me pedirem para calar a boca,
É aí que meu grito vai ecoar nos quatro cantos.
E quando me pedirem para mentir,
É aí que pronunciarei com todas as letras a verdade.
E quando me pedirem para chorar de tristeza,
É aí que minha alegria transbordará para todos.
E quando me pedirem para fazer o mal,
É aí que minhas forças vão trabalhar para o bem.
E quando me pedirem para ficar sozinho,
É aí que encontrarei mais amigos para ficar comigo.
E quando me pedirem para parar de sonhar,
É aí que o meu sonho se tornará realidade.
E quando me pedirem para ficar na escuridão,
É aí que encontrarei o caminho de todas as luzes.
E quando me pedirem para fazer a guerra,
É aí que abraçarei todos ao meu redor.
E quando me pedirem para desistir das palavras,
É aí que farei delas minhas aliadas.
E quando me pedirem para não ter confiança,
É aí que vou acreditar cada vez mais no meu companheiro.
E quando me disserem que está próximo do fim,
É aí que eu mostrarei que a esperança acabou de nascer.
Sei que não posso mudar o começo,
Mas, se quiser, conseguirei mudar o final.

(Janderson Oliveira)

Lendo o "Só de Sacanagem" de Elisa Lucinda, texto belíssimo e bem atual e bem espetacular, me veio a inspiração para criar esse, não tão bom quanto aquele, mas enfim é o que eu adoro fazer...

Resposta de um Maluco para um Louco...

Seguinte Louco, vou acabar no final! Num dia de lua cheia no céu chuvoso. Eu parado em movimento de olhos fechados com a pupila dilatada pela luz da escuridão e bem perto de mim, do outro lado do mundo, uns pica-paus uivavam e uns lobos cantarolavam furando as árvores. Rapidamente, saí de onde não tava com destino aonde não cheguei e fui entrando pela janela dos fundos da parede ao lado. Tomei banho no sofá e aproveitei para sentar no chuveiro passando para o quarto onde jantei o café da manhã, uma comida ruim com gosto de fronha mal passada. Como de rotina, dormi na mesa da cozinha. Acordei da insônia que tive assustado com um gigante de 1,50m que dançava blues tocando cuica. Em seguida, antes disso, bebi um prato de água em pó e olhei da sacada do meu barraco na favela uma criancinha perneta carregando uma senhora muda nos braços e ambos falavam sobre um cego que lia um livro sem letras que falava da volta dos que não foram e no meio da conversa, um andarilho cego de muleta olhou para eles e disse: "A Terra é uma bola que tá girando e em suas pontas os mais fracos vão ficando"!

E não é que o Maluco respondeu a carta do Louco...

Carta de um Louco para um Maluco...

Vamos começar do começo. Era uma noite de sol que brilhava no horizonte montanhoso. Eu estava andando parado, sentado de pé numa pedra de pau, com os olhos arregalados quase fechando quando não longe dali os pássaros pastavam enquanto as vacas pulavam de galho em galho. Resolvi depressa voltar vagarosamente pra casa; chegando pela porta da frente que ficava nos fundos, deixei meu paletó na cama e me pendurei no cabide; levantei para ir ao banheiro e aproveitei para almoçar, senti um gosto horrível na boca porque tinha comido um guardanapo e limpado a boca com um bife. Fui até uma floresta de pedra onde vi as tranças do rei careca e achei um anão gigante que fazia poeira em alto mar. Logo após eu fui até a cozinha beber água molhada e aproveitei para tomar banho, eu vi um cego lendo um livro sem letras que se chamava “A volta dos que não foram”. Fui ao jardim e encontrei uma folha em branco que dizia: “Assim diziam 5 mudos que vieram da lua; o mundo é mesmo uma bola quadrada, diante disso prefiro a morte do que morrer”!

Sensacional esse texto, coisa de outro mundo, literatura pós-moderna. Fuçando as comunidades do Orkut, achei uma que tem o mesmo nome do título e encontrei essa carta. Bem ao estilo que gosto, essa quebra com o normal, essa loucura que acaba tendo sentido. Vocês me entendem né? Afinal eu estou batendo palmas ali para ver se sob os meus pés existe assombração, se ela existir a gente sai abraçado com as mãos na cabeça e se delicia com o sabor da flor que acabou de nascer.
É o que má?...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A história do professor Santos...

Osvaldo Cardoso dos Santos, Cardoso por parte de pai, Aguinaldo Cardoso, homem comerciante e bravo, e Santos por parte de mãe, Maria dos Santos, como o próprio nome sugere, essa era quase uma freira, pois vivia na igreja. Apesar de não acreditar em santos e muito menos em divindades, Santos era como todos o chamavam. Professor Santos pra ser mais exato.
Há 25 anos Santos era professor do curso de História de uma universidade muito conceituada no país. Já havia estudado a história de diversos lugares do mundo, já havia lecionado para diferentes tipos de pessoas, já havia publicado diversos artigos e livros nesse mundo afora. Porém, agora o professor Santos estava cansado, para ser mais preciso, cansado e sozinho.
Desde o seu primeiro e empolgante namoro de adolescência, que nem ele mesmo sabe porque chegou ao fim, Santos não se apaixonara de verdade por nenhuma outra mulher. Depois de algum tempo na melancolia, ele resolveu viver a vida e curtir com diferentes pessoas. O seu hobby era encontrar mulheres que lhe agradassem e ir direto ao assunto, vocês sabem bem o que eu estou me referindo.
Não importava muito quem era a mulher escolhida, bastava fazer um pouquinho o seu gosto e Santos avançava. O então graduando do curso de História, Osvaldo, Osvaldão para os amigos mais próximos, pegava geral na faculdade. Foi aí que ele aprendeu o verdadeiro prazer de gozar a vida. E ele não se limitava apenas às universitárias, até mulher casada o nosso professor conseguiu na sua jornada quase que diária de trabalho.
Depois que prestou o concurso para professor universitário e teve seu tempo reduzido devido à jornada prolongada de trabalho, o professor Santos não tinha mais muito tempo para curtir a vida à toa. Mas mesmo assim ele ainda estava com aquele gás todo. As preferidas dele agora eram a suas alunas universitárias que sempre no final do semestre precisavam de uma nota melhor pra passar. E vocês imaginam qual era a proposta do professor Santos, não imaginam?
Essa que vocês estão pensando mesmo. Ajoelhou, então vai ter que pagar, pagar mesmo e não rezar, já que Santos não gostava muito dessas coisas. E assim foi até o nosso professor Santos descobrir que já não estava mais com aquela bola toda de antigamente. Santos tinha percebido que o tempo tinha passado e seu vigor físico já não era mais o mesmo. Então, a sua atividade agora se restringia à algumas poucas vezes no mês.
No entanto, Santos se apaixonara novamente, não amava, possivelmente nem era paixão, era apenas uma coisa a mais que ele passou a sentir por uma mulher. Jéssica era o nome da pretendente, ela tinha mais ou menos a mesma idade do professor Santos. Ambos já estavam na flor da idade, ela, porém, era casada.
Os dois passaram a ter encontros secretos após as aulas que Santos lecionava no turno da tarde. Como sempre eles iam para a casa de Santos já que este morava sozinho já fazia muito tempo. Professor Santos estava se sentindo velho e queria parar com sua vida de folia e ficar apenas com uma mulher até o final da sua vida. Mas o marido de Jéssica começou a desconfiar das desculpas esfarrapadas da mulher ao chegar em casa um pouquinho mais tarde do trabalho.
Certo dia, Ricardo, o marido de Jéssica, resolveu investigar a própria mulher. No horário em que ela saía do trabalho ele ficou de tocaia e foi só seguindo o carro da sua mulher para saber para onde ela ia. Quando o carro dela parou em frente ao edifício onde Santos morava de aluguel fazia 5 anos, ela não desconfiava de nada. Subiu as escadas rapidamente e foi direto para o apartamento do professor Santos no 3º andar, ela estava tão disposta a ver o seu amado que nem trancou a porta, correu logo para os seus braços.
Ricardo a seguiu cuidadosamente até o apartamento de Santos, chegando lá ele silenciosamente abriu a porta e viu sua mulher nos braços do professor Santos. Pobre Ricardo, descobrira que o Ricardão que a sua mulher tanto falava nas suas noites de amor não era ele, mas outro. Ricardo levava na cintura um revólver carregado com sete balas, sacou o revólver e não deu outra, acertou todos os tiros no nosso pobre professor Santos.
Vocês me perguntam, mas porque sete balas? Sete tiros, que exagero! Não sei, talvez sete fosse o número de vezes que Santos havia se encontrado com Jéssica. Mas nem todos os santos que o professor Santos carregava no nome deram jeito para salvá-lo. Sete dias depois rezaram mais uma missa para ele.
E chega assim ao fim a história do nosso professor de História, azar no amor, no jogo, na vida. E Jéssica? Ninguém sabe o que acontecera com ela depois daquele dia. Hoje toda a universidade está de luto, todos choram a perda do formidável professor de História, Osvaldo Cardoso dos Santos...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Oh lua querida por que me abandonaste?...

Oh lua querida por que me abandonaste? Nesta noite você não mais apareceu e meu coração vazio ficou. Levaste meu amor e deixaste apenas a solidão. Sem você a maré secou, tudo virou deserto. Igual ao que sinto agora dentro de mim, um deserto imenso sem você. Toda a água do mar agora escorre pelo meu rosto, salgada em minhas lágrimas de tristeza. Nunca mais verei tua beleza no céu abençoando o meu caminho? O que eu faço agora? Pra onde fostes? Quando voltarás? Se é que voltas. As noites agora serão de desespero sem a tua presença pra me consolar. Noites de insônia, só pensando nos momentos felizes que tu me ocasionaste. Sem você a noite é mais escura, tudo virou trevas. As mesmas trevas que invadem meu coração e me deixam cada vez mais deprimido. Não poderei mais contar um mês para te ver cheia novamente. Passarei agora anos de aflição sem você? A tristeza me consumirá até o meu fim? Os dias de alegria jamais voltarão? Repentinamente você se foi e levou tudo o que eu tinha de mais precioso na vida e agora estou fraco e indefeso. Volto a te perguntar, oh lua querida por que me abandonaste? Volta logo e mostra novamente o meu caminho certo, me faz valer a pena voltar a viver. Me mostra outra vez o caminho do amor, banha novamente a noite com tua luz, reluz o meu caminho e me torna novamente feliz. Vem depressa porque tu sabes a importância que tens para mim. Foi com você que eu saí da dor e encontrei a alegria, a amizade, o verdadeiro amor. Não demora lua, pois estou te esperando a cada dia, a cada noite, a cada hora, a cada minuto, a cada segundo, a cada instante. Enquanto não voltas continuo a me perguntar, oh lua querida por que me abandonaste?...

sábado, 6 de dezembro de 2008

II Encontro Estadual de Educação Popular/I Encontro Estadual de Educação Social...

Estou aqui dessa vez para falar da alegria, da felicidade, do entusiasmo que senti ao participar do II Encontro Estadual de Educação Popular/I Encontro Estadual de Educação Social na Faculdade de Educação da UFC. Todo o evento é baseado nas idéias de Paulo Freire, que nesse ano fez 40 anos de sua Pedagogia do Oprimido.
Apesar de eu não ter lido nada dele, apenas escutei muita coisa boa sobre ele, já penso muita coisa parecida com o seu discurso. Como na execução do projeto de extensão que participei e usei a Perspectiva Eco-Relacional do professor João Figueiredo que foi beber direto da fonte que é o grande educador Paulo Freire, esse educador que é conhecido no mundo todo pela sua nova forma de ver a educação. Saio desse Encontro disposto agora a me apronfudar nas suas magníficas idéias.
Enfim, o evento foi muito bom, justamente o que eu esperava que deve ser trabalhado na nossa educação. Trabalhar a questão do diálogo, troca de idéias entre o grupo, o amor, a esperança, a alegria em querer um mundo melhor para todos. Tudo isso que não deveria se restringir apenas à educação, mas se difundir por toda a sociedade que está precisando muito disso. E tudo isso começa no diálogo que não é somente uma conversa entre duas pessoas, mas o outro ser capaz de entender a sua idéia e respeitar, e em cima da discussão entre os dois, refletirem e buscarem uma maneira de juntarem as opiniãos e aumentarem o seu conhecimento. Já pensou se todos pensassem assim, o mundo seria muito mais entendido e muitos preconceitos ficariam para trás.
Saio do Encontro também sabendo respeitar mais ainda a opinião do outro, o sentimento do outro, as idéias do outro. Saio sabendo que o que tenho que ensinar aos outros é muito pouco, tenho muito mais é o que aprender, não só em livros e revistas acadêmicas, mas no cotidiano, no saber do povo, nas pequenas coisas da vida.
Bem, devemos quebrar as velhas formas de educar que prezam pelo conteúdo, pelo conhecimento do professor que é superior ao do aluno e o verdadeiro adestramento de nossas crianças. Precisamos sair da mesmice e buscar a transformação das nossas escolas, das nossas crianças, das nossas cidades, do nosso país. O antigo modelo, paradigma posto, está totalmente ultrapassado, precisamos de educadores que queiram realmente modificar isso.
Me alegrei em ver que nesse Encontro têm várias pessoas que estão dispostas a encarar esse antigo paradigma e fazer o diferente, o novo, e em muitas áreas da educação. A questão do diálogo, da afetividade, da troca de saberes, da contextualização do ensino e diversos outros pontos pregados nesse Encontro é o que realmente estamos precisando para a mudança da nossa educação que está tão precária.
Sei que muitas pessoas falam que isso tudo é fantasia, utopia, idealismo, sonhos, saibam que os sonhos estão se concretizando e tenho a esperança que faremos sim a diferença. É só o educador querer e o dinheiro não fará falta nessa mudança. A nova história está sendo contada de forma brilhante e quem não acreditar nessa que me conte outra história...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Grandissíssimo obstáculo...

Hoje eu acordei e meus pés não sabiam onde pisar. Sob os pés havia um grande abismo e após ele haviam milhares de caminhos. Já não sei qual o meu caminho certo, a minha bússola quebrou e meu mapa foi rasgado. Agora tenho medo, medo de seguir sozinho, sem rumo, sem guia, sem nada. Já deixei muitos obstáculos para trás, mas este agora é enorme, é gigante. Como irei superar essa dificuldade? Quanto tempo demorará até eu reorganizar todo o meu rumo? Não sei se volto atrás e busco outros atalhos, não sei se salto o abismo e vou buscando em vários caminhos, não sei se pego apenas um caminho e sigo nele mesmo até o fim. Por enquanto meus pés continuam sem saber onde pisar, cada passo que dou é uma dificuldade, mas a esperança sempre esteve e continuará comigo. Vamos adiante que o tempo passa e nós não podemos parar, superando limites e rompendo os obstáculos. Talvez esse seja só mais um de vários que ainda aparecerão pela frente...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Conta tua própria história...

Se a história que te contam não é a que você deseja ouvir, então faça você mesmo sua própria história. Não caia na lábia dos eternos manda-chuvas que querem que você escute o que eles têm pra te dizer. Cuidado! Vai na contramão e responde para eles a verdadeira história, de sofrimento, de alegria, de angústias e de vitórias do teu povo. Vai lá e mostra na cara deles que foi o teu povo que fez com que eles chegassem onde eles estão hoje e agora eles dão as costas para nós. Não pára, levanta, revida. Sem violência, mas com muita precisão, com precisão nas palavras que são as tuas armas e estão em tuas mãos, em tua boca, em todo teu corpo. Se quiserem te calar, se alia aos teus iguais e parte pra cima, a história é longa e a estrada é comprida. Joga para eles todas as mazelas que jogaram pra você e muda de vez esta história. O que começou nas tribos, nas senzalas e também nas casas-grande é a verdadeira história da gente. Três povos totalmente distintos que deu origem a um novo povo, forte, batalhador, bem-humorado e alegre. Aquela misturada toda entre índios, negros e portugueses, não portugueses puros, mas portugueses do Brasil, é que fez a nossa verdadeira história que é muito bonita, porém muito distorcida também. Distorcida por aqueles que querem manter o poder nas mãos e esquecem das suas verdadeiras origens. Esquece a história que eles te contam e conta a verdadeira história do teu povo. Faz igual a Elisa Lucinda: "Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!"...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ainda não acabou

Nosso sonho não pode terminar assim,
É só mais uma tempestade que passa.
No fim da ventania estaremos de novo,
Abraçados, entrelaçados, conectados um ao outro.
É só a maré que não está favorecendo no momento,
Mas eu sei que esse caos irá passar.
O futuro nos guarda coisas maravilhosas,
E estaremos preparados para recebê-las.
O tempo tratará de abolir esse temporal
E nossas vidas voltarão a ser uma só.
A esperança prevalecerá a qualquer custo
E o nosso amor estará salvo.
O nosso sonho será vivido para sempre
E o para sempre nunca acabará.
As nossas vidas passarão,
Mas o nosso amor para sempre ficará.

(Janderson Oliveira)

Para a pessoa que nesse momento é a mais especial na minha pobre vida de sonhador...