"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

sábado, 31 de outubro de 2009

Delírios da meia-noite...

Meia-noite - Delírios, delícias, gemidos, grunidos, mistérios. O que acontece à meia-noite? Uma passagem instantânea do tempo. Fim de um ciclo, começo de outro.
Meia-noit - Último dia do mês de outubro. Dizem que é o dia das bruxas. Mas bruxas no século XXI não existem mais, já foram todas jogadas à fogueira.
Meia-noi - Lua inteira. Ela olha pra mim e eu insisto em contemplá-la. A sua forma arredondada é a perfeição e eu sou apenas amante.
Meia-no - Amor é o que se pode fazer à meia-noite, mas sem ninguém por perto fica mais difícil. Sigo a raciocinar coisas.
Meia-n - Poucos sons, muitos sonhos. O escuro se esclarece, atrás dele nada se modifica. Mas eu tenho medo.
Meia - Chegando ao fim a meia-noite, as doze badaladas já cessaram. Ela continua a iluminar.
Mei - Todos dormem, eu acordo. Reviravolta no ciclo, espero o sol aparecer e a lua se esconder.
Me - Sem pesadelos, a meia-noite não me engana, os sonhos serão de felicidade.
M - Acabou o instante, o tempo já passou. Meia-noite delirou.
...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Menina minha

Menina pequena que habita meus sonhos
E mora em meu coração.
Menina moleca que cara sapeca
Foi a mãe que deu.
Menina travessa que não foge da raia
Me ajuda no momento que eu caia.
Menina bonita que a lua me deu,
Foge da vida e vive mais eu.
Menina mulher que sabe o que quer,
Na hora do nó escapa sem dó.
Menina danada que mexe comigo
Me leva pra ti e me dá teu abrigo.
Menina singela me espera na janela
E feito novela foge mais eu.
Menina querida me dá mais amor
E faz mais feliz o teu admirador.

(Janderson Felipe)

Uma antiguinha que escrevi pra minha menina. É a cara dela, se bem que ela cresceu e já é uma mulher feita. Não, mas pra mim ela sempre vai ser minha menina...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Loucura consciente, lucidez insana...

A loucura e a lucidez são coisas que andam de mãos dadas dentro de mim. Sou tão lúcido que às vezes pareço louco. Sei controlar essas diferenças, sem estresse. Sei o ponto certo que separa ambas, o momento exato que cada uma deve agir. É uma loucura consciente e uma lucidez insana. É, elas são contraditórias. A contradição, aliás, é algo que me persegue, ou será eu que a persigo? Sempre são dois lados, duas faces, dois momentos, duas vidas. Eu sou contradição, às vezes sou guitarra, outras vezes violão. Um dia é calmaria, outro dia agitação. Às vezes sou todo poderoso, outras vezes sou Zé Ninguém. Um dia gosto de chuva, outro dia gosto de sol. Equilíbrio? A minha loucura é tão consciente que ao invés de eu atirar tiros de dor, eu atiro beijos de felicidade. Se você for atingido por aí, fui eu quem atirei o beijo. Se você quiser mais de perto, eu atiro à queima-roupa. A minha lucidez é tão insana que eu poderia amar apenas uma pessoa, mas eu acabo amando todas. Se você precisar de mim, me chama que eu vou. Se você quiser mais de perto, eu penso no seu caso. Louco é aquele que diz ser normal, lúcido, na verdade, é aquele completamente fora de si. E eu sou assim, tanto um quanto outro. O limite entre um e outro sou eu quem faço na minha cabeça pensante e nem Simão Bacamarte, muito menos Sigmund Freud, explicariam o que há nas entranhas de um cérebro como este que está sempre a interrogar: "loucura consciente ou lucidez insana?"...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sorriso da Gioconda...


Aaaaaaaah, desvendaram o sorriso da Gioconda. Égua, mó paia, pensava que nunca iriam descobrir. Mona Lisa, que já deve tá estribada numa altura dessas, sorri e fica séria pra gente. E o pior, é a gente que faz ela rir ou ficar séria, é tudo culpa do nosso cérebro. Quando todos achavam que o mistério estava nela, descobrem que o mistério tá é na gente. Mas será que foi tudo culpa do Da Vinci? Que uma altura dessas já deu mais de vinte e muito. O cara era gênio n'era. Será que foi ele quem percebeu que daria essa impressão ambígua ao sorriso de sua dama ou foi sem querer mesmo? E num dizem que é o auto-retrato dele? É, eu acho que só um dos mistérios foi desvendado, ainda existem mais perguntas. No título segue o link pra matéria sobre o sorriso da Mona Lisa. Aiiiii Mona, dá um sorrisinho pra eu dá...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Movimento Antropofágico...

"No Brasil de 1920, a pintora Tarsila do Amaral e o poeta e filósofo Oswald de Andrade, junto a um grupo heterogêneo de romancistas, lingüistas e filósofos, fundaram uma corrente artística à qual chamaram Movimento Antropofágico. Sob o signo da Antropofagia foram publicados manifestos e poemas, feitos quadros, escritos romances e ensaios, e foi chamada a atenção pública sobre o significado novo e revolucionário da antropofagia e das civilizações pré-coloniais da América. É necessário assinalar, entretanto, que para estes artistas da vanguarda latino-americana, o canibalismo era algo diferente dos lugares comuns de horror fascistóide e inveja hipócrita diante da nudez orgiástica sob as quais se representavam e representam as culturas milenares das selvas americanas. A Antropofagia apontava, em primeiro lugar, para as raízes históricas das civilizações destruídas da América. Em segundo lugar, revelava um novo significado da relação humana com a natureza, com seu próprio corpo, com sua sexualidade, seus afetos e, não em último lugar, com sua comunidade. A Antropofagia brasileira transformou os medos e os ódios tradicionalmente ligados aos relatos europeus sobre o canibalismo americano, no reconhecimento artístico de um estado de liberdade sem limites e uma visão poética de renovação cultural".

Citação de Eduardo Subirats no texto "O modernismo brasileiro: arte e política" de Marília Andrés Ribeiro, publicado na Revista ArtCultura, v. 9, n. 14, 2007.

Uma antiga/nova visão para os nossos antepassados. Canibalismo da cultura mundial. Muito interessante...

E vamos à luta


Eu acredito
É na rapaziada
Que segue em frente
E segura o rojão
Eu ponho fé
É na fé da moçada
Que não foge da fera
E enfrenta o leão
Eu vou à luta
É com essa juventude
Que não corre da raia
À troco de nada
Eu vou no bloco
Dessa mocidade
Que não tá na saudade
E constrói
A manhã desejada
Aquele que sabe que é negro
O coro da gente
E segura a batida da vida
O ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco
De um jogo tão duro
E apesar dos pesares
Ainda se orgulha
De ser brasileiro
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim
Pede uma cerva gelada
E agita na mesa
Uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira
Suada da luta
E faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
E nós estamos pelaí...
(Gonzaga Jr.)
Tô fissurado nessa música, nessa letra, nesse compositor. Gonzaga Jr., Gonzaguinha, o filho do rei. "E vamos à luta" é aquele sambinha só o mí, de quem tem fé na fé da moçada. Mostra a realidade brasileira de quem enfrenta o leão e não corre da raia. E no final da batalha faz a festa no botequim e se orgulha de ser brasileiro. "Eu acredito é na rapaziada...". Gonzaguinha é o bicho pra falar da nossa gente, do nosso povo, dos nossos problemas, das nossas alegrias. Nesse vídeo ele canta com Roberto Ribeiro. Grande Gonzaguinha, mas também né, o cara era filho do rei...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Devaneios...

Já faz quase um ano dessa minha agonia. Você partiu sem me avisar e nem deixou recados. Desde então eu mudei, vivo sozinha me perguntando sobre os porquês desta vida que é tão cruel. Amores, desencontros, desesperos. Fico aflita comigo sem saber pra onde ir. E quando saio, em todos os rostos você está, mas quando chego à noite nenhum daqueles rostos vem comigo. Seu rosto de menino, eu nunca mais vi. Seu jeito atrapalhado, nunca mais me fez rir. Sem ter com quem falar, sem ter com quem amar, a noite chega e eu fico encharcada com goles de uma bebida que não reconheço o sabor. A noite é triste, a solidão sempre me persegue. No rádio rola "você se foi, você partiu, você partiu o meu coração" e não consigo não pensar em você nesse momento. Meu coração em pedaços, o meu corpo também, me sinto velha, feia e sem mais vontade de viver. Vivo porque é meu dever, a idéia do suicídio me aflige, mas a esperança de rever você é maior. Garrafas pelo chão, fumaça de cigarro no ar. Meu alimento são meus pensamentos, minhas lembranças, lembranças dos tempos bons que vivemos juntos. Mas agora você se foi e eu fico a me perguntar "será que pra sempre"? Oh meu menino, oh meu querido, meu amor por ti é imenso, mas você me abandonou. Onde está? O que faz da vida? Por que não voltas pra mim? O meu desespero só aumenta a cada dia, sigo minha vida sem razão e sem prazer. Os dias passam, as angústias ficam. A minha boca seca pede seu sabor, deliro em pensamentos sem lógica. O meu corpo frio espera o seu toque, viajo por lugares nunca antes explorados. Quando volto à realidade, percebo que estou sozinha novamente e a dor da sua perda aumenta ainda mais minha agonia. Antes, com você, tudo era comédia, agora com sua ausência a tragédia é algo freqüente na minha vida. As lágrimas escorrem pelo rosto nesse instante e delírios acontecem na cabeça de uma amante que perdeu seu amor. Abandonada e arrasada, eu sigo a levar a vida, e o pior, ela segue a me levar...

Por Sara Fernandes

domingo, 11 de outubro de 2009

Só mais uma madrugada...

Oh madrugada comprida esta que não se acaba. É só mais uma de muitas que já aconteceram e de muitas que ainda virão. Novamente o galo já canta e nem sinal do sono chegar. Sem palavras, sem imaginação, eu deixo a madrugada me levar. Amanhã é outro dia que já começou. Enquanto todos dormem, eu grito pra mim mesmo: "É hoje que eu só durmo amanhã"...

sábado, 3 de outubro de 2009

RIO 2016...

Com tantas expectativas e esperanças, eu acho até que vou voltar a ser atleta pra poder conseguir meu índice pra lá.

É, seria a realização de um sonho de criança.

Nossa, como as crianças são inocentes!

Risos...