"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

sábado, 6 de dezembro de 2008

II Encontro Estadual de Educação Popular/I Encontro Estadual de Educação Social...

Estou aqui dessa vez para falar da alegria, da felicidade, do entusiasmo que senti ao participar do II Encontro Estadual de Educação Popular/I Encontro Estadual de Educação Social na Faculdade de Educação da UFC. Todo o evento é baseado nas idéias de Paulo Freire, que nesse ano fez 40 anos de sua Pedagogia do Oprimido.
Apesar de eu não ter lido nada dele, apenas escutei muita coisa boa sobre ele, já penso muita coisa parecida com o seu discurso. Como na execução do projeto de extensão que participei e usei a Perspectiva Eco-Relacional do professor João Figueiredo que foi beber direto da fonte que é o grande educador Paulo Freire, esse educador que é conhecido no mundo todo pela sua nova forma de ver a educação. Saio desse Encontro disposto agora a me apronfudar nas suas magníficas idéias.
Enfim, o evento foi muito bom, justamente o que eu esperava que deve ser trabalhado na nossa educação. Trabalhar a questão do diálogo, troca de idéias entre o grupo, o amor, a esperança, a alegria em querer um mundo melhor para todos. Tudo isso que não deveria se restringir apenas à educação, mas se difundir por toda a sociedade que está precisando muito disso. E tudo isso começa no diálogo que não é somente uma conversa entre duas pessoas, mas o outro ser capaz de entender a sua idéia e respeitar, e em cima da discussão entre os dois, refletirem e buscarem uma maneira de juntarem as opiniãos e aumentarem o seu conhecimento. Já pensou se todos pensassem assim, o mundo seria muito mais entendido e muitos preconceitos ficariam para trás.
Saio do Encontro também sabendo respeitar mais ainda a opinião do outro, o sentimento do outro, as idéias do outro. Saio sabendo que o que tenho que ensinar aos outros é muito pouco, tenho muito mais é o que aprender, não só em livros e revistas acadêmicas, mas no cotidiano, no saber do povo, nas pequenas coisas da vida.
Bem, devemos quebrar as velhas formas de educar que prezam pelo conteúdo, pelo conhecimento do professor que é superior ao do aluno e o verdadeiro adestramento de nossas crianças. Precisamos sair da mesmice e buscar a transformação das nossas escolas, das nossas crianças, das nossas cidades, do nosso país. O antigo modelo, paradigma posto, está totalmente ultrapassado, precisamos de educadores que queiram realmente modificar isso.
Me alegrei em ver que nesse Encontro têm várias pessoas que estão dispostas a encarar esse antigo paradigma e fazer o diferente, o novo, e em muitas áreas da educação. A questão do diálogo, da afetividade, da troca de saberes, da contextualização do ensino e diversos outros pontos pregados nesse Encontro é o que realmente estamos precisando para a mudança da nossa educação que está tão precária.
Sei que muitas pessoas falam que isso tudo é fantasia, utopia, idealismo, sonhos, saibam que os sonhos estão se concretizando e tenho a esperança que faremos sim a diferença. É só o educador querer e o dinheiro não fará falta nessa mudança. A nova história está sendo contada de forma brilhante e quem não acreditar nessa que me conte outra história...

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