"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Brincando de ser outra pessoa, fingindo não ser ninguém...

Foi um sonho bom que eu não consegui tornar realidade, foi um livro interessante que eu não pude terminar de ler, foi uma criança alegre que eu não vi crescer, foi um vento frio que soprou e eu não me deixei levar. Como tudo e todos nesta vida, eu deixei você passar, mesmo sem ter sido apenas um passatempo para mim. Ou foi você que me deixou passar?
Ah, não me leve assim tão a sério, eu estou completamente bêbada, mesmo sem ter ingerido uma gota. E a única coisa que eu quero nessa vida é poder beijar novamente a sua boca, sentir o sabor do vinho e das uvas, esquecer a amargura dos vinagres, contar todos os nossos segredos e relembrar os nossos milagres. Milagres que tivemos de viver em paz, em harmonia, sem fé, sem agonia.
Quando o excepcional se torna tão banal, perde-se toda a graça. Mas a sua excepcionalidade se foi sem dar notícias, fiquei apenas com minha pobre banalidade. “Não queria te ver assim, quero a tua força como era antes”, a minha força, a nossa força, juntos num mesmo objetivo, mas escapuliu.
Fiquei na sarjeta, sem sonho, sem livro, sem criança, sem vento, sem vinho, sem uvas, sem você, com vinagres, sem segredo, sem milagres, sem paz, sem harmonia, sem fé, sem força, sem você, com agonia.
Mulheres cultas e sérias como eu não deveriam escrever esse tipo de coisa, desprezando-se, humilhando-se, mas fazer o quê, este é meu karma, minha vassalagem, minha escravidão emocional, ter que estar sempre lembrando alguém que nunca mais voltou...

Por Sara Fernandes

2 comentários:

Unknown disse...

Eu num entendo essas coisas q tu escreve..eh tu ou num eh?
Me deixa doidinha essas coisas

Janderson... disse...

claro q num sou eu...