"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Revelando minha essência...

E tenho muitas faces e muitas fases que quase ninguém conhece, quer dizer, apenas uma pessoa conhece minha verdadeira essência e ela é essencial pra mim. Não é transtorno bipolar, eu sei lidar com essas mudanças de caráter, não é meu querer, é minha vida que exige uma fase pra cada lugar, uma face pra cada pessoa. Mas na minha essência eu sou ista, sou ego, sou zista, sou narci, sou nista, sou hedo. Não sei se escondo bem, mas esse sou eu. É só perceberem nas coisas que eu escrevo, tudo em primeira pessoa do singular, sou eu, eu e eu, nada mais. Meu melhor amigo não é ninguém mais do que o espelho, ou seja, eu e mim mesmo. O prazer não é o que dói, é o mais puro êxtase. Da próxima vez em que eu estiver com você, decida, decida quem você quer que eu seja, meu temperamento só dependerá de você. Sei lidar com isso e isso me ajuda...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Meu mundo do meu jeito...

"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito...". Eu só quero ser o contrário de tudo aquilo que eu vejo...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Tempos de menino...

Se um dia a gente não mais se ver, não chore lágrimas de tristeza, apenas sonhe sonhos de felicidade. Felicidade dos momentos bons que a gente passou na infância, tempos de menino, correndo prum lado e pro outro, jogando bila, soltando raia, jogando bola.
O tempo passou e nos distanciou, crescemos e não nos correspondemos, você foi indo e eu só observando, quando me dei conta você já estava longe, distante. Nossas brincadeiras de menino não eram mais as mesmas, nossos momentos de alegria se foram no tempo, só ficaram no pensamento.
Já não sei mais por quais caminhos você anda, quais becos, quais ruas, quem são seus amigos, seus comparsas, do que você gosta, do que você vive, onde você vive. O tempo foi cruel com a gente desde sempre, ainda meninos não tínhamos alguém especial nas nossas vidas, eu consegui vencer muitas batalhas, infelizmente você se deixou levar por essa vida doida.
Não te julgo, não te condeno, você faz o que quiser, quem sou eu pra impedir algo, pra me intrometer na vida de alguém que já nem conheço mais. Queria ter coragem de te procurar de novo e tentar te explicar os motivos pelo qual deve voltar, mas como sempre eu não consigo, os pensamentos não se tornam realidade. Acredito que sou fraco, diferente de você que sempre teve um caráter bem forte.
Fico aqui esperando que você volte, que nós possamos nos falar novamente, trocar as velhas idéias e quem sabe brincar dos mesmos jogos que brincávamos anteriormente. Uma coisa que eu tenho é muita esperança, espero que nós consigamos nos reunir novamente, quem sabe a gente possa voltar aqueles tempos de menino...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Minha sina

Já passaram muitas chuvas e muitos sóis,
Mas em nenhum momento estivemos sós.
Nem na maior das tempestades a gente se separou
E foram nos momentos quentes que a gente se revelou.
Um sempre ligado ao outro, em cada instante.
Não teve sequer um segundo que ficássemos distantes.
A cada dia que vivo com você,
Só aumenta ainda mais a vontade de viver.
Viver com alegrias, com decepções, com lembranças, com sonhos
E assim nosso amor vai ficando mais alegre, forte, maduro, medonho.
Ainda não te descobri totalmente,
Lembro daquela noite e continuo contente.
Você me deu a paz, a alegria, a união,
Meio sem querer, conquistou meu coração.
Desculpa se não te dei tudo aquilo que queria.
Desculpa se te dei só palavras, mas elas são minha quantia.
Muito já foi vivido e muito mais ainda virá.
Essa sintonia só acaba quando a idade não mais aguentar.
Mesmo velhinha ainda será minha menina,
A minha morena Helena pequenina.
E não resta dúvida de qual será minha sina,
Continuar sempre escrevendo pra minha linda menina.

(Janderson Oliveira)

Pra minha menina...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais do mesmo de novo...

De todas essas teorias científicas que andam falando por aí, creio que me encaixo mais no relativismo. Serei eu um relativista? Depende. Vê? Pra mim tudo depende de outra coisa, tudo tem que ter um E SE...
Na literatura, creio que sou um barroco, as antíteses, os paradoxos, as contradições, os opostos me atraem e se atraem por si só. Tem coisa melhor do que confundir as idéias dos outros? Divino e profano sempre andam juntos, o profano sempre tendo mais valor no que é dito. Queira Deus que eu esteja errado? Ops, mas não sou dessas coisas divinas. Então ambos andam juntos mesmo, e ainda mais, de mãos dadas. Não tem melhor ou pior. Também na literatura me agrada a oralidade, mais uma contradição. Deixa eu explicar, eu gosto de escrever do jeito que a gente fala, não me importando tanto com as regras de escrita, então eu gosto da oralidade na escrita, é só lembrar do grande Patativa, seus poemas escritos do jeito que ele falava.
Referente às músicas, creio que sou eclético. Tudo me agrada, não me falta nada. Quer dizer, a música brasileira me agrada, o internacional a mí no me gusta. Pra mim, toda a musicalidade brasileira me completa, não precisa eu ir pra fora se eu já tenho tudo aqui no meu país. Além do mais, não tenho ouvido pra decifrar os outros idiomas, não tenho vontade de buscar as letras das músicas estrangeiras e muito menos tenho paciência pra decifrá-las pro português. De que vale uma música se eu não sei seu significado, seu conteúdo. Então me agarro às nossas raízes.
Sou tão assim, cheio de dúvidas, mas isso não me importa, por isso que sigo Raul e vou sendo metamorfose ambulante. Mas é claro, o que eu acredito hoje, amanhã já é diferente e eu posso deixar de acreditar. Os pensamentos são tantos e tão diferentes, tão loucos.
Não sei o que acontece, mas quando entro no ônibus tudo se abre na minha cabeça, quando sento no assento, todo um mundo, mundo não que é pequeno demais, todo um universo invade meu ser. Tenho quadrilhões de pensamentos durante a viagem, é uma verdadeira viagem, no ônibus e na cabeça. Quantas dessas minhas loucuras escritas aqui surgiram no ônibus, os pensamentos vinham e de repente as idéias se juntavam, era só chegar em casa e transcrever pro PC. Agradabilíssimas essas duas viagens.
Queria escrever pouco, mas agora já foi, um monte de palavras apareceram na tela branca e um emaranhado de informações surgiu do nada, quer dizer, do tudo que é essa complexa mente sã que vos fala. O texto já foi e eu já fui...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Histórico da Escola Normal do Ceará...

A aspiração para criar escolas de formação de professores no Brasil começou ainda no Império, porém havia dificuldades na criação das Escolas Normais em todo o país. Em 1879, a Reforma de Leôncio de Carvalho, que tinha valor somente no Rio de Janeiro, foi um marco para a criação desse tipo de escola.
No Ceará, a primeira tentativa de criação de uma Escola Normal deu-se em 1837, no mandato do presidente da província, José Martiniano de Alencar. A Lei 91, de 05 de outubro de 1837, criava temporariamente a Escola Normal do Ceará, porém a escola não foi instalada por falta de recursos e continuidade administrativa. Após esse fracasso na tentativa da criação da Escola Normal, o estado ficou ainda um longo período sem sua escola de formação de professores.
Somente com a Lei 1790 de 1878, ressurge o interesse na criação da Escola Normal, que viria a se concretizar apenas no fim do Império, no ano de 1884.
A regulamentação da recém-criada Escola Normal do Ceará foi orientada por legislações concebidas em anos anteriores a sua efetivação. Essa regulamentação estava presente na Lei nº 1790, de 28 de dezembro de 1878 e no Regulamento da Instrução Pública de 1881. "Somente no ano seguinte (1885), é expedido o primeiro Regulamento da instituição”.
Escola Normal do Ceará foi o primeiro nome da nova instituição de ensino e seu prédio ficava localizado na Praça Marquês de Herval (posteriormente chamada de Praça José de Alencar). A Escola Normal teve algumas mudanças de localização durante esses anos. No período de 1919 a 1923, a escola foi instalada no pavimento térreo da Fênix Caixeiral. Após reivindicações, o presidente do estado, Justiniano de Serpa, mandou construir o novo prédio da escola na Praça Figueira de Melo (onde hoje funciona o Colégio Justiniano de Serpa). A escola funcionou nesse local até 1958, ano em que se mudou para o Bairro de Fátima, já com o nome de Instituto de Educação do Ceará. Além das mudanças de locais, a Escola Normal também mudou várias vezes de nome.
Ao longo de sua trajetória a Escola Normal recebe várias denominações: Escola Normal Pedro II (Lei nº 2260, de 28 de agosto de 1925), seu segundo nome; Escola Normal Justiniano de Serpa (Decreto-Lei nº 122, de 2 de março de 1938); Instituto de Educação (Decreto-Lei nº 2007, de 7 de fevereiro de 1947) e, no final dos anos 50 recebe sua atual denominação, Instituto de Educação do Ceará (Lei nº 8559).
Pode-se ser percebido que no momento histórico estudado neste texto (1930-1945), a Escola Normal do Ceará teve duas denominações: Escola Normal Pedro II e Escola Normal Justiniano de Serpa. Para deixar claro ao leitor, utilizaremos apenas a nomenclatura Escola Normal do Ceará para se referir à esta instituição de ensino.
Juntamente com a Escola Normal do Ceará, foi criada a sua Escola de Aplicação, também chamada Escola Anexa, que ficou em funcionamento até o ano de 1918. A Escola de Aplicação era o local da prática pedagógica dos alunos da Escola Normal. Essa escola ressurgiu em 1922 com a denominação de Escola Modelo.
Até a década de 1920, período que divide a história da educação no Ceará, a Escola Normal não tinha muito prestígio. A sua verdadeira importância deu-se somente após a Reforma de 1922, marcada pelo ideário da Escola Nova.
Para se entender melhor o período em estudo, é preciso conhecer um pouco do período anterior, ou seja, a década de 1920, e toda sua efervescência com iniciativas para as reformas sustentadas pelo pensamento escolanovista.
Em todo o país começam a surgir diversas reformas educacionais com caráter voltado à Escola Nova, buscando romper com a pedagogia tradicionalista que era presente na educação brasileira. Vale lembrar que essas idéias escolanovistas já haviam sido divulgadas no Brasil por Rui Barbosa, ainda no Império, mas sem muita força como na década de 1920.
No Ceará, as idéias modernas de educação também já eram pregadas desde o final do século XIX. Após viagem aos Estados Unidos, o advogado e professor de latim, Amaro Cavalcante, apresentou um Relatório ao presidente da província e à população cearense. Tal Relatório foi escrito em 1881 e dava informações acerca da instrução primária americana.
No Relatório, Amaro Cavalcante trata da educação de um modo geral; do método escolar; das escolas normais e da inspeção da educação pública. “O debate em torno das idéias por Amaro Cavalcante e demais fundadores da Escola Normal e suas conseqüências práticas preparam o terreno para que o escolanovismo florescesse a partir do impulso dado pela reforma de 1922”.
A Reforma de 1922, mais conhecida como Reforma Lourenço Filho, realizada no governo de Justiniano de Serpa, marca o início de uma nova fase da educação no estado. Ela ocasiona mudanças no ensino primário e normal do estado, além da criação da Diretoria Geral da Instrução.
Não se sabe até que ponto ocorreu essa mudança do tradicionalismo para a prática de um ensino dito moderno, esse é um assunto ainda em discussão nos estudos e se tentará com esse estudo buscar informações acerca dessas mudanças no âmbito da Educação Física.

Texto extraído do meu projeto de monografia intitulado: "A prática de Educação Física na Escola Normal do Ceará (1930-1945): entre o tradicionalismo e a Escola Nova", e fala um pouco da história da Escola Normal do Ceará no período citado. Retirei as referências desse texto, porém estão todas no meu projeto.
Como já foi dito, trata-se apenas de um projeto, ainda tem muita coisa a ser estudada, pesquisada e escrita. Estou muito empolgado com a elaboração desse trabalho, como sempre a história me fascina e dessa vez não é diferente, toda uma nova história surgindo para mim, quero só desvendá-la mais e mais...