"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

domingo, 18 de novembro de 2018

Espasmos e cicatrizes...

Setembro foi bom, outubro nem tanto. Novembro chegou trazendo novidade, vamos ver se em dezembro ainda terá algum encanto. Espasmos de felicidade correm em minhas artérias, “o pulso ainda pulsa”, pena que espasmos são rápidos e momentâneos. Melhor fosse se os espasmos se transformassem em cicatrizes, aí ficariam marcadas no corpo para a vida inteira.

“Quando fica cicatriz,
Fica difícil de esquecer.
Visível marca de um riscado inesperado,
Pra lembrar e nunca mais esquecer.
Visível marca de um riscado inesperado,
Pra lembrar o que lhe aconteceu.”
(Cicatriz - Nação Zumbi)

Só o tempo é capaz de mostrar essa mutação, a mudança do espasmo banal, que acontece a todo instante, para a cicatriz eterna, que fica no corpo até morrermos. Cicatrizes de dor, de sofrimento, cicatrizes de prazer, de felicidade, sejam lá quais forem, o tempo estará sempre grafitando na nossa pele ou até mesmo na nossa mente.

“Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo.
Tempo, tempo, tempo, tempo
És um dos deuses mais lindos.”
(Oração ao tempo - Caetano Veloso)

Que o tempo siga me trazendo diversas cicatrizes e junto com elas venham os diversos aprendizados. Que os espasmos sigam acontecendo para eu me dar conta de que ainda estou vivo; mas que as cicatrizes, principalmente aquelas da mente, apareçam para me lembrar de tudo que eu já passei...

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