"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Pós-modernidade

Conceito de moderno? Sei mais nem o que é isso.
Eu vivo é no pós-moderno rebuliço.
O moderno já está ultrapassado,
A onda agora é o pós-moderno acelerado.
Ninguém lembra mais das fábricas da Revolução,
O bom agora é o poder da comunicação.
O mundo todo cabe na palma da mão,
Com câmera, som, celular, internet e televisão.
Se dá algum problema, junta tudo e joga fora,
Já tem outro prontinho na hora.
Você não precisa mais nem visitar um amigo,
Não importa a distância, ele está sempre contigo.
Não necessita mais de um beijo, de um toque ou de um abração,
É só ver a cara dele naquele bicho de terceira geração.
O negócio agora não é mais micro, é nano.
Não é mais física clássica, é quântica.
Não é mais poesia no papel, é digital.
Não é mais beijo de língua, é virtual.
A pós-modernidade pôs a humanidade em xeque,
Não precisa mais nem preencher o cheque.
Deixa que a máquina faz isso pra você.
Na pós-modernidade até a água tem sabor,
Ela não é mais insípida, inodora e nem incolor.
Vamos acasalar com o robô ginóide
E esperar pra ver o que nasce.
Vamos dar de comer pro cachorro mecânico
E esperar que ele se engasgue.
Vamos batalhar pelo super computador,
Pode ser que só assim diminua a dor.   
Vamos construir mais neologismos internéticos
E continuar vivendo nesse ritmo frenético.
E assim caminha a humanidade,
Aproveitando a pós-modernidade.
Mas quanto vale um quantum?
Quanto vale um chip?
Quanto vale um software?
Quando o respeito não existe mais.
Quando o povo não vive mais em paz.
E o amor vale quanto?
Põe na minha conta que eu pago.


(Janderson Oliveira)

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