"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pra ela...

No ônibus, na viagem, na mochila, no violão, levo a lembrança, a recordação. Minha cabeça, minha loucura, minha caneta, meu papel, escrevo o poema, o cordel. Deixei o meu amor quatro horas e meia para trás, segui em frente e aprendi que errei ainda mais. Pensei que estava feita minha alegria, mas nessa vida ninguém sabe do que é capaz. Descobri em minha eterna vã filosofia que não se pode deixar um amor assim para trás. Nem nas capas das revistas, nem nos anúncios dos jornais, nem nas telas dos cinemas, nem nos horóscopos semanais, não encontrei nada igual em nenhum desses locais. Procurei em tantos cantos, procurei em tantos contos. Passei por tantos prantos, passeei por tantos pontos. Procurei em tantos casos, procurei em tantas casas. Passei por tantos lares, passeei por tantos mares. Nada me fascinou mais do que os olhos de minha menina, são dois “olhos negros, cruéis, tentadores” como dizem os compositores. E as gotas de água que caem dos meus olhos se misturam às lágrimas de chuva que caem lá fora, ao mesmo tempo, no mesmo instante, em uníssono. Desculpa se às vezes eu faço parecer que eu esqueço que eu te amo, mas é porque é tudo novo, é vida nova e me deixo levar pela beleza da vida. Desculpa meu egocentrismo exacerbado que só você conhece, é que fico encantado como pode haver tanta idolatria em tamanha simplicidade, não sei se isso é vício ou virtude. Só não esqueça que essa coisa chamada amor é bem menor do que o sentimento que a gente sente, pois amar todo mundo ama, todo mundo se ama, só a gente tem o nosso próprio sentimento, nosso próprio cantinho, nossa própria casa. E nem as quatro horas e meia de viagem, nem as lágrimas de saudade, nem o meu egocentrismo exacerbado haverão de nos vencer...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda me emocionar com esse texto é inexplicável!! Feliz é a destinatária desse declaração de amor!