"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Falano cum Patativa

Num falo do sertão,
Pra num disôbedecê seu Patativa.
Então a minha solução
É encontrá ôtra alternativa.
Falo mermo da cidade,
Que aqui é o meu chão.
Dêxo queto sua terra
E as coisa bela do sertão.

As coisa aqui são mermo deferente
Daquelas cantada no sertão.
Mas também tem muita semeiança,
Referente à isploração.
Tanto no sertão quanto na cidade
A vida é bem compricada.
É rico isplorano pobre
E num acaba essa impreitada.

Seu Patativa a cidade cresceu
E os pobrema dela também.
Da comida que come o rico
Pro pobre nunca tem.
Quanto a inducação que o sinhô falô,
Aqui num tem pra todo mundo.
Enquanto fí de rico vai pro colejo,
Fí de pobre é dito vagabundo.

É gente dando em gente
Pra tê um lugázim pra morá.
Enquanto o rico tem cobertura,
Pobre num tem nem onde se assentá.
A fome, a dô e a misera
Tem é em todo lugá.
Nós tem é que mudá essa história,
Antes do mundo se acabá.

Mas mudano de assunto,
Vô agradicendo o sinhô.
Por tê feito tanto verso bunito
E cantano as coisa do interiô.
Nós é fío do Nordeste,
Nós num nega nosso naturá.
Nessas prosa bem medonha,
Cada um tem muito que falá.

Eu falo aqui da cidade
Pois dela cunheço bem.
O sinhô fala do sertão
E de tudo que nele tem.
No final nós junta tudo
Pruma rima bem gostosa.
E disfruta da puisia,
Essa arte tão vistosa.

O sinhô cantô de lá
E eu cantei de cá.
Mas já tá chegano a hora,
Dessa rima se acabá.
Brigado pelas suas palavra
Que revolucionarum a puisia.
E é lendo as suas história
Que eu vô fazeno as minha.

(Janderson Felipe)

Homenagem ao grande Patativa que há sete anos voou dessa pra melhor...

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