"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A corda...

A gente começa com uma corda curta, que é capaz de deixar um bem coladinho ao outro, bem juntinho mesmo, um com o coração encostado no coração do outro. Aos poucos essa corda vai se esticando, o outro vai se afastando, mas você vai segurando cada vez mais forte para não desprender do outro. Independente de quão forte você segure essa corda, o que você mais quer na verdade é manter o controle sobre o outro. Toda a falta de coragem em soltar a corda deve estar associada ao medo de perder. Com isso, você continua ali segurando e observando até que ponto o outro é capaz de esticar a corda.
Ei, acorda! Olha, ele já vai bem longe, mas daqui acho que ele ainda está segurando a mesma corda. Ei, acorda! Vou lá ver como ele está, mas chego lá e vejo que há muito a corda já está solta no chão, só restaram as pegadas. Ei, acorda! À toa eu estava segurando a corda com a mesma força de quando ela era curta. Às vezes, segurar machuca mais que deixar ir...

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