"Eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino"...

domingo, 31 de agosto de 2008

Confusionismo

Num sei se sou poeta,
Poeta num sei se sou.
Só sei que minha poesia num é concreta,
Só sei que minha vida num acabou.

Num sei se sou brasileiro,
Brasileiro num sei se sou.
Só sei que num sou o primeiro,
Primeiro eu sei que nada sou.

Num sei se sou humano,
Ser humano num sei se sou.
Só sei que vou continuando,
Essa minha vida que num acabou.

Num sei se sou perfeito,
Perfeito sei que num sou.
Só sei que sou desse jeito,
Desse jeito que num esperem que sou.

Num sei se sou maluco,
Maluco num sei se sou.
Só sei que como Confúcio,
Confuso eu sei que sou.

(Janderson Oliveira)

Sou assim, sem saber o que realmente eu sou. Muitas vezes sou contraditório, mas é porque acho que nunca vou chegar na verdade verdadeira, se é que ela existe. Mas não fecho minha cabeça só para uma "verdade" estou sempre disposto a aprender e mudar antigos pensamentos, mas tenho certeza que nunca vou conseguir alcançar a VERDADE. Também sou imperfeito, mas quem não é?...

Música e tecnologia...

Como essa velocidade de informações é incrível viu. A pouco tempo tava vendo na TV (mais precisamente no programa do do Faustão) os Paralamas e os Titãs tocando juntos e taí que eu não sabia que eles tinham gravado um CD. Eu sabia que eles tinham feito um show comemorando os 25 anos das bandas, mas não sabia do CD e também sabia que eles tinham feito uma turnê juntos e foi muito massa.
Bem, mas isso é só pra falar da facilidade que está esse mundo e suas tecnologias, mal acabei de vê os caras na TV e já baixei o CD e já tou redescobrindo as músicas que fizeram parte da minha recente adolescência. Comé que pode macho, a vinte anos atrás pra você ouvir Paralamas e Titãs tu tinha que ter uma radiola e comprar o LP, agora (putz) em 5 minutos tu baixa qualquer música e pronto é só curtir. O CD tá massa porque eles voltaram a tocar as músicas antigas que são as melhores (dessas novas se livram só algumas que foram boas) e eu pensava que os caras já estavam acabados, mas quebrei a cara, eles continuam aí arrasando.
Aí eu paro e também penso, num paguei nada pelo CD oh, mas um fato que só acontece nos dias de hoje. Mas é assim mesmo, a música é arte e a arte não é pra ser paga, ela é pra ser acessível para todos, pois até para gravar música os artistas tomaram muitos conhecimentos da humanidade (entenderam essa parte?). Não sei, acho que não estou fazendo mal algum em não pagar pela música que escuto e as gravadoras e cantores devem arrumar uma outra forma de ganhar dinheiro em cima da música deles. Não é fazendo apologia a "pirataria" ou coisa parecida, mas é uma coisa que acredito, que a arte não é de uma pessoa, mas da humanidade, mas essa questão é papo pra outros quinhentos.
Enfim, quem gosta do rock nacional (e principalmente daquele dos anos 80), comprem ou baixem o CD "Paralamas e Titãs juntos e ao vivo", ou vão aos shows que os caras ainda estão aí na estrada e bem melhores que essas bandas novas que aparecem por aí. Melhor pessoal, criem suas músicas, mas músicas boas por favor, não músicas para ganhar dinheiro, mas música para mexer com a cabeça da gente.
Quem quiser baixar o CD é só clicar lá no link do título (mas não digam pra ninguém não viu, hahahahahaha)...

domingo, 24 de agosto de 2008

Balanço das Olimpíadas...

Fim das Olimpíadas e todo mundo acaba feliz. A China (quem não sabia) acaba como campeã legítima com 51 medalhas de ouro e 100 no total, com 15 medalhas de ouro na frente dos EUA que também podem se considerar campeões, afinal de contas, na contagem deles (diferente da contagem dos outros países e do COI, mas eles podem né são os "donos do mundo") que é por número total de medalhas, eles ficaram com 110 medalhas, 10 na frente da China.
E o Brasil também sai feliz, não ganhou as 5 medalhas de ouro de Atenas mais ganhou 15 medalhas no total (em Atenas foram 10) e agora pode considerar que já tem novos "heróis", que são César Cielo, Maurren Maggi e as meninas do vôlei. E os nossos outros atletas, ah não ganharam ouro então eles são uns fracassados, até os meninos do vôlei, campeoníssimos nos últimos anos. E os meninos do futebol, "time sem vergonha", mais uma vez não traz a medalha de ouro (que pena que é assim que o nosso povo trata os "não campeões").
Além desses "heróis" brasileiros, também surgiram outros grandes "heróis" no esporte mundial. O que falar de Michael Phelps, o "fenômeno das piscinas", que ganhou as 8 medalhas de ouro que disputou e bateu 8 recordes (sendo 7 mundiais e 1 olímpico) e faturou as suas 14 medalhas de ouro em duas Olimpíadas e tornou-se o maior nome do esporte mundial em todos os tempos. Também deve ser lembrado o nome de Usain Bolt, o "jamaicano voador", que também faturou todas as provas que disputou no atletismo, ganhou 3 medalhas de ouro e bateu 3 recordes mundiais, com aquele ar de superioridade que nunca se viu em um corredor nos 100m rasos, muitos acham que ele menospreza os adversários, mas ele só tem prazer em fazer o trabalho dele, que é correr, correr e correr (mas pense num cabôco pra correr viu, nã!).
Definitivamente essas Olimpíadas passaram a ser as "Olimpíadas das Mulheres", não só as do Brasil, mas vários países conseguiram suas conquistas com suas "guerreiras". Das 15 medalhas do Brasil, 6 vieram da força de nossas mulheres. Talvez a mais esperada fosse a de Larissa e Juliana do vôlei de praia (que treinam aqui no Ceará), mas que pena não puderam trazê-la devido à contusão da Juliana. Mas um cearense trouxe a medalha, o também jogador de vôlei de praia Márcio, juntamente com Fábio Luiz conquistaram a medalha de prata, mas de que vale essa medalha se não é dourada né (pensamento dominante).
Mas para mim o maior atleta dessas Olimpíadas não trouxe nenhuma medalha, mas eu acho que ele deu uma grande lição de vida. O nome dele é Eduardo Santos, ninguém deve nem saber de quem estou falando, mas ele é um judoca brasileiro que não tinha experiência em campeonatos internacionais, não tinha passaporte para viajar e não tinha nem dinheiro para fazer o exame de mudança de faixa (da marrom para a preta), mas com muita força de vontade conseguiu chegar à Pequim e ganhar três lutas, quase chega no bronze, mas não deu. E isso não foi nada, o melhor foi a sua entrevista após a derrota: "Dei o melhor de mim, mas não tive competência para derrubar o adversário" e pedindo desculpas aos seus pais, ele mal sabia que já era um campeão para a sua família. E melhor ainda foi o seu retorno ao Brasil, esse sim chegou como "Herói" ao aeroporto onde tinham muitas pessoas lhe esperando para agradecê-lo e considerá-lo um grande campeão, campeão da vida e não de uma medalha que não vale nada para muitos.
Poisé, e as Olimpíadas terminam hoje com uma imensa festa, o povo já espera a próxima que será em Londres, mas ninguém vai atrás de saber o que vai mudar para a população chinesa, o povão mesmo lá de baixo, mas o Michael Phelps ficará para sempre na história, o Cielo será lembrado muito tempo pelos brasileiros como a primeira medalha de ouro do Brasil na natação, a Maurren entra para a história olímpica também. E vocês sabem quanto custou cada uma dessas medalhas de ouro do Brasil? Só R$ 53 mil cada e no total foram gastos R$ 654 mil com todos os nossos atletas, é tem de onde tirar né.
E o seu Zé, catador de lixo, vai continuar todo dia catando o seu lixo pela cidade, o Pereira, motorista de ônibus, vai continuar a levar-nos para os nossos destinos todo santo dia, o Toinho, pedinte nas ruas, vai continuar perabolando atrás de um trocado para comprar o leite do menino, a Maria, diarista, vai continuar indo de casa em casa atrás de fazer uma faxina e ganhar o pão de cada dia e eu, pobre infeliz, vou continuar a escrever para ninguém...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Escolha de vida...

Me digam, como pode uma pessoa com os seus 16, 17 ou 18 anos já ter que escolher o que quer fazer para o resto da vida? Não é muito cedo não? As pessoas não tem muito que aprender para saber o que realmente querem fazer?
Eu por exemplo, já estou com 20, e o pior, já no 6º semestre do curso de Licenciatura em Educação Física e ainda não sei se é isso mesmo que quero fazer na minha vida. Eu quero fazer várias coisas, experimentar várias áreas, principalmente nas artes. Se bem que pra ser professor de Educação Física tem que ser artista viu. Mas não sei.
Não que a Educação Física seja uma coisa ruim, mas é porque eu quero liberdade para escolher a hora que vou trabalhar, como vou trabalhar, onde vou trabalhar e não depender dos horários e das regras de uma escola, não precisar ficar fazendo planos de aula, lendo sobre abordagens bonitinhas no papel e na hora da aula sair tudo fora do teu plano e totalmente diferente dos livros.
Eu adoro dar aula de Educação Física, eu adoro estar na escola (não na sala de aula, onde os meninos não podem dar um piu, mas lá na "zorra", se é que me entendem) com os meus alunos, conversando, se divertindo, fazendo atividades legais, isso é um momento muito prazeroso pra mim, mas é o processo para se chegar até aí que eu não gosto. Negócio de plano, prefiro chegar lá na hora só com o conteúdo a ser trabalhado na aula e desenrolar com os meus alunos e não já levar tudo prontinho e na hora ficar tudo fora daquilo que foi planejado.
Quem vai fazer a aula são os alunos, é o momento lá que vai acontecer, se eles não tiverem a fim de fazer o que tu planejou, então é mil vezes melhor tu conversar com eles e chegar num acordo para fazer do melhor jeito pra todos, o que eles querem mais dentro do tema que tu levou pra aula. E não seguir a velha pedagogia tradicional do professor chegar e jogar todo o conteúdo para cima dos meninos e depois cobrar numa prova que não vai avaliar nada do que o aluno realmente aprendeu. Mas não, a escola continua querendo esse "arcaíco" método de ensino, que no campo da Educação Física se traduz no velho "levar a bola pros meninos bater o racha" ou no "dê 10 voltas na quadra, depois vá pra detrás da fila e corra até a linha azul volte e blá blá blá..." enfim, prefiro um novo estilo de dar aula onde os alunos também participem do processo de ensino-aprendizagem, mas isso é coisa para outros assuntos.
Voltando a este.
E lembrando para aquelas pessoas que pretendem cursar Educação Física e até aos outros que têm uma visão limitada da área (pois como eu achava, pensam que Educação Física é só esporte), que a Educação Física é muito mais do que vocês imaginam, é uma complexidade que envolve coisas que vão muito além do trabalho apenas do corpo. Diferente do que a maioria pensa, a gente num joga só bola não viu, a gente também estuda muito filosofia, sociologia, psicologia, pedagogia, fisiologia, biomecânica, nutrição. Porque a Educação Física é cultura, política, jogo, lazer, saúde, educação e acaba sendo arte também. Ao contrário do que pensava que era só esporte, mas ainda bem que me surpreendi de forma satisfatória com o curso, pois vi que tem muito mais coisa para fazer na Educação Física do que só jogar bola.
É, a Educação Física é uma área muito boa mesmo de se trabalhar e de aprender sobre a vida, pois você vai conviver com diferentes tipos de pessoas, mas não sei se realmente quero isso para a vida toda. Por isso que digo, quem vai escolher algum curso, vá logo atrás de saber tudo sobre ele, quais são as áreas de atuação, quais são as disciplinas a serem estudadas e muito mais coisas, para quando chegarem lá na hora não terem uma surpresa em saber que é tudo totalmente diferente do que pensavam...

domingo, 17 de agosto de 2008

Quanto vale a vida?


Quanto vale a vida de qualquer um de nós?
Quanto vale a vida em qualquer situação?
Quanto valia a vida perdida sem razão?
Num beco sem saída, quando vale a vida?
São segredos que a gente não conta
São contas que a gente não faz
Quem souber quanto vale, fale em alto e bom som
Quantas vidas vale o tesouro nacional?
Quantas vidas cabem na foto do jornal?
Às sete da manhã, quanto vale a vida?
Depois da meia-noite, antes de abrir o sinal?
São segredos que a gente não conta
E faz de conta que não quer nem saber
Quem souber, fale agora ou cale-se para sempre
Quanto vale a vida acima de qualquer suspeita?
Quanto vale a vida debaixo do viaduto?
Quanto vale a vida perto do fim do mês?
Quanto vale a vida longe de quem nos faz viver?
São segredos que a gente não conta
São contas que a gente não faz
Coisas que o dinheiro não compra,
Perguntas que a gente não faz
Quanto vale a vida?
Nas garras da águia
Nas asas da pomba
Em poucas palavras
No silêncio total
No olho do furacão
Na ilha da fantasia
Quanto vale a vida?
Quanto vale a vida na última cena?
Quando todo mundo pode ser herói?
Quanto vale a vida, quando vale a pena?
Quanto vale, quando dói?
São coisas que o dinheiro não compra
São contas que a gente não faz
Quanto vale a vida?
 

(Humberto Gessinger)

Essa é a pergunta que não cala. Adoro as músicas desse cara, as idéias dele bate muito com as minhas sabe...

Quanto vale a vida de todos nós?...

Seguindo as minhas perguntas que não querem calar, estou de volta para perguntar: "Quanto vale a vida de todos nós"? Sim, quanto será que vale as vidas de todas as pessoas do planeta? Nesse tempo onde tudo é comprado, será que alguém pagaria pela vida de todos nós?
Inspirado na música "Quanto vale a vida?", de Humberto Gessinger, fiquei com essa pergunta na cabeça. Será que o nosso Tesouro Nacional compraria todas as vidas? Talvez o Bill Gates? Quanto vale as vidas perdidas em vão? Quanto vale a vida na hora de fugir do assalto? Quanto vale a vida do presidente dos EUA? Quanto vale a vida do mendigo lá do Centro? Quanto vale a vida do campeão olímpico? Quanto vale a vida do atleta de fim de semana? Quanto vale a vida desse cara que lhes escreve sem razão?
"São contas que a gente não faz" ou "Coisas que o dinheiro não compra"? Não sei as respostas para essas perguntas porque "são segredos que a gente não conta e faz de conta que não quer nem saber". Só sei que uma única vida vale muito, não em valores que o dinheiro compra, mas em razões que a própria vida dá. Então imagine só o grandioso valor da vida de todos nós!
Quem quiser comprar é só dar a aposta mais alta e "quem souber quanto vale, fale em alto e bom som". Enquanto isso eu fico por aqui me redobrando em abstrações sem sentido para muitos, mas muito fascinantes para mim. Me desculpem os que querem comprar, mas a mente deste pensador não está à venda.
Se alguém ler isso, por favor não tente me entender, são só coisas que a vida me dá e eu tento desvendar...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Quantos mortos têm no mundo?...

Em meio aos meus loucos pensamentos, me deparei com a seguinte pergunta: "Quantos mortos têm no mundo?" Pensem aí. Fiquei pensando e cheguei a conclusão de que existem muito mais mortos na Terra do que gente viva.
Existem mortos de todos os tipos: os pré-históricos homens das cavernas que de vez em quando ainda são encontrados por aí nesse mundo afora; de vez em quando também é encontrado uma tumba de um faraó com seu corpo todo enrolado (pobre coitado, jurava que voltaria pra Terra pra atazanar mais gente); também existe um monte de pessoas que fizeram algo pela história da humanidade.
Onde deve estar os corpos de Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Madre Tereza, Lady Di, Descartes, Darwin, Freud, Martim Lutero, Santo Agostinho, Einstein e milhões de outras pessoas? Estes eu tenho certeza que permanecem por aí, pois não foram levados pro espaço, foram? Se não tiverem enterrados, podem ter virado cinza e sido jogados em algum lugar, sei lá. E o corpo de Jesus Cristo, ainda está na Terra ou subiu aos céus no terceiro dia?
É, a gente vive tanto a vida que esquece que vai morrer! Mas tudo é um processo meu povo, qualquer hora vai acontecer, uma hora vai chegar a hora de todos (vixe, que coisa macabra!), não vamos ficar aqui pra sempre (quer dizer, não em vida, mas os corpos vão ficar por aí igual dessa galera que citei), nem aquelas pessoas que fazem parte da nossa vida.
Temos que enfrentar uma perda não como se fosse a pior coisa do mundo, mas como um fato real e que está propenso a acontecer. Certo que perder uma pessoa que está perto de você dói, se for uma pessoa que está bem pertinho mesmo de você, vixe aí dói mesmo, você sente muita falta dessa pessoa, mas com o passar dos anos você vê que tem que caminhar com as próprias pernas e buscar seu caminho, seja ele o certo ou nem sempre o melhor caminho.
Mas é isso, eu e minhas nóias, um pensamento pouco comum do senso comum. Ah, se isso não te interessar deixa pra lá, era só um pensamento que eu tive e ele também vai morrer, mas toda essa nóia é a mais pura verdade, né não?...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Festa da música no céu


Eu acabei de acordar de um sonho
Acontecido nas nuvens brancas feito papel.
Foi um sonho maravilhoso e medonho,
Era o sonho da festa da música no céu.
 
A festa começou com a guitarra de Hendrix,
Como sempre arrotando distorção.
E continuou com a poesia de Marley,
Com aquela pureza e verdade na sua canção.
 
Num certo momento um maluco beleza falou:
─ Espera que vou chamar o Tim Maia.
Depois de pouco tempo ele chegou
E tirou todo mundo da tocaia.
 
Ali perto apareceram Gonzaguinha e Gonzagão,
Pai e filho como o povo sempre quis.
Enquanto um puxava o fole,
O outro cantava sem ter vergonha de ser feliz.
 
Também apareceram algumas meninas:
Eram Elis, Miúcha e Nara Leão.
Do lado estavam os Mamonas Assassinas,
Todos juntos acabaram fazendo foi uma grande louvação.
 
Andei um pouco e vi Lennon e Renato falando de amor,
Cada um segurando o seu violão.
Buscavam um jeito de livrar o mundo da dor,
Esses gênios da composição.
 
Olhei em volta e vi uma rainha,
Era a Cássia Eller agitando o pessoal.
Ela chamou o Freddie Mercury pra continuar a ladainha
E todos juntos acabaram fazendo foi um carnaval.
 
Do outro lado estavam Vinicius e Tom,
Ainda tinha o Cazuza que os acompanhava.
Esse trio arrasou, foi tudo de bom.
Toda a plateia aplaudia e aclamava.
 
Mas o auge da festa foi quando gritaram: ─ Toca Raul!
O cara subiu no palco e todo mundo levantou.
Ele ainda chamou o Elvis e cantaram aquelas do fundo do baú.
Depois disso todos cantaram juntos e ninguém mais parou.
 
Até eu acordei cantando,
Jurava que estava lá.
Que pena que era só sonho,
Mas eu vim correndo te contar.

(Janderson Oliveira)

Pense numa festa que iria ficar pra história, pena que ela só pode acontecer em sonhos mesmo...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Esporte e política...

Quem foi que disse que o esporte não é um ato político? Há muito tempo ele vem sendo empregado na política sim, é só a gente voltar no tempo e analisar os fatos.
Já em Esparta os meninos eram treinados desde muito cedo para virarem guerreiros e defenderem sua cidade dos inimigos políticos, em Roma foi criada a velha (e atualíssima) política do "Pão e Circo", onde o povo tinha lazer de graça, mas que lazer é esse de ver pessoas se degladiando até a morte? Passaram-se os tempos e na Inglaterra do século XIX o esporte começou a ser institucionalizado, começaram as grandes competições e mais disputas políticas para ver quem era o melhor. E na Guerra Fria então, para que mais confronto político no esporte do que nesse período onde EUA e URSS disputavam a dominação do mundo?
Pobre Barão de Coubertin, um sonhador que buscava com o resgate dos antigos Jogos Olímpicos a união entre os povos através do esporte amador (presta atenção que era amador). Imagina se ele ainda vivesse hoje para ver o que os Jogos viraram, o amadorismo, cadê? Hoje o negócio é ganhar e ganhar, não importando se seja por meios lícitos ou ilícitos, o dinheiro fala mais alto e a guerra política continua. Como falou o Pedro Bial (que até me surpreendeu vindo de um jornalista da Globo, se bem que, apesar dele apresentar o BBB, eu ainda o acho um cara muito inteligente sim), o esporte é uma "Alegoria da Guerra". E é sim, só observa a forma dos jogos: dois exércitos (times), um de cada lado da zona de batalha (campo), o objetivo é atingir a bomba (bola) no castelo do inimigo (gol), no castelo está o último guardião que é o rei (goleiro), se todos os soldados (jogadores) forem batidos, resta ao rei defender seu castelo, no final aquele exército que atingir mais vezes a bomba no castelo adversário é o vencedor.
E os diversos termos usados no esporte que têm uma influência da guerra? Sim, como não lembrar "A Batalha dos Aflitos", aquele jogo entre Grêmio e Náutico na final da 2ª divisão, ou dizer que o camarada que faz mais gols numa competição é o "artilheiro", ou pior, é o "matador". E quando o jogo vira uma batalha de verdade, batalha campal mesmo entre os jogadores e acaba refletindo nas arquibancadas, por que eles não vêem que isso é só um jogo e quase sempre um vai vencer e o outro vai perder?
Enfim, isso tudo é só pra criar uma atmosfera pro que vem agora. Em pleno século XXI os atletas não têm o direito de expressar as suas opiniões, nessas Olímpiadas os atletas não podem falar mal da China e dos seus desrespeitos aos Direitos Humanos para não gerar conflito entre os países. Nem o presidente americano também não pode abrir o bico lá em Pequim, (hahahahaha é melhor que ele fique calado mesmo, como disse o Romário: "ele calado é um poeta"). Que palhaçada! E que direito é esse que as pessoas não podem falar o que pensam dos Direitos Humanos? Os EUA e a China vivem falando mal um do outro, mas não pode haver conflito entre ambos porque um depende demais do outro. E aí, o esporte é ou não política?...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Coexistir

Deus, HaShem ou Allah.
Eles acreditam no mesmo ser,
Mas não param de se matar.

A cruz, a estrela ou a lua.
Não importa o símbolo,
Religião cada um tem a sua.

Bíblia, Cabala ou Alcorão.
Não importa em que você crê,
O mais importante é respeitar seu irmão.

Não sei nem se isso é o principal.
O que vale é viver fazendo o bem
E vendo que todo mundo é igual.

Acredite no que quiser ou em coisa alguma.
No final de tudo, meu amigo,
A história de todos será só uma.

Graças a Deus, eu sou ateu.
Filhos de Jah, eu sou ateu.
Graças HaShem, eu sou ateu.
Filhos de Gandhi, eu sou ateu.
Graças Allah, eu sou ateu.
Filhos de Buda, eu sou ateu.
Oh, meu pai Olorum, eu sou ateu.
Todos os santos, eu sou ateu.

(Janderson Oliveira)



Pensando em tantas vidas que são acabadas por pessoas que deveriam pregar a união, a paz e o respeito, resolvi escrever isso. Porque não viver todos em união, respeitando o credo, a opinião de cada um, todos coexistindo mesmo. E isso não vale só pra religião não, vale para todas as coisas, nunca ninguém chegará ao consenso de nada meu povo, todos tem sua própria opinião, todos são iguais, iguais como espécie humana, mas cada um pensa do seu jeito. Sabe de uma coisa, meu deus é o Amor e minha religião é Fazer o Bem, quem quiser que acredite nisso também...

Valor do abraço...

Agora pronto, depois que descobri o valor do abraço eu não quero outra coisa. Antes eu era muito fechado, egocêntrico talvez, não gostava muito de cumprimentar e nem de falar com ninguém, mas de uns tempos pra cá mudei muito. Já não sou mais o mesmo de outrora, quem me conheceu há algum tempo já não sabe mais nem quem eu sou. De lá pra cá eu já mudei muito, em pensamentos e em atitudes principalmente.
Hoje toda vida que revejo meus amigos quero logo correr e dar um abraço, dizer alguma brincadeira, beijar. Ainda não faço isso com todos, só com aqueles que vejo que (ah não sei explicar, eu sei aqueles que gostam e os que não gostam). Mas é uma coisa tão boa pra mim, me sinto tão bem tocando as outras pessoas (opa, no bom sentido, pessoal), chego e abraço tanto os homens (qual o problema de abraçar teu amigo?) e as muié. Que me desculpe quem tiver comigo, mas eu adoro abraçar as minhas amigas oh, não que não seja bom abraçar todos, mas as mulheres é melhor ainda, sem intenção nenhuma, só abraçar por abraçar mesmo e sentir o calor da pessoa, isso me faz bem.
Na nossa sociedade é tão estranho ter essa afetividade entre as pessoas, sei lá, o povo mal se fala, antes não fazia isso mais com medo de pensar o que os outros falariam de mim, agora tô nem aí oh. Chego e falo o que quero, abraço quem quiser e não me importo mais. Ainda sei que falta muito pra ser uma pessoa mais simpática, mas já estou começando aos poucos e principalmente com aquelas pessoas que gosto de verdade.
Isso não é só da boca pra fora não, é o que já falei em outro tópico, aquilo que não falo direto pra pessoa prefiro escrever, pois fica mais fácil pra mim. Alright? Enfim, eu amo um montão de gente por aí e como diz o poema abaixo: "Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade."...

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim.
Só preciso de alguém que viva por mim,
Que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
Quero apenas que me ame,
Não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto,
Gostem de mim.
Nem que eu faça a falta que elas me fazem,
O importante pra mim é saber que eu,
Em algum momento, fui insubstituível
E que esse momento será inesquecível.
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre.
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
Para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
Também pensa em mim quando fecha os olhos.
Que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
Alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho.
Que me veja como um ser humano completo,
Que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona,
Que dê valor ao que realmente importa,
Que é meu sentimento e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude,
Para que eu nunca cresça,
Para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer,
Quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe.
Que ele é superior ao ódio e ao rancor,
E que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar,
Amanhã será outro dia,
E se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
Talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada
Por palavras pessimistas,
Que a esperança nunca me pareça um "não"
Que a gente teima em maquiá-lo de verde
E entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa,
De poder dizer a alguém o quanto ele é especial
E importante pra mim,
Sem ter de me preocupar com terceiros.
Sem correr o risco de ferir
Uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão.
Que o amor existe, que vale a pena se doar
Às amizades e às pessoas,
Que a vida é bela sim,
E que eu sempre dei o melhor de mim
E que valeu a pena!

(Mário Quintana)

Maravilhoso. Quero tudo isso para mim sim...

domingo, 3 de agosto de 2008

Do centro ao oeste...

É engraçado como é dividida a minha cidade, no leste os barões, no centro a classe média e no oeste o povão espremido em becos e vielas sujas, sem saneamento e escuras. Mas desde muito tempo a cidade é assim, o povo fugiu da seca mais teve que ficar ali na periferia, era pra não levar doença pra nobreza, diziam que o vento batia do leste pro oeste e assim os vírus corriam só para o lado da plebe e não contaminava a realeza, por causa disso os cemitérios, abatedouros ficou tudo no oeste, que frescura dos poderosos. Ainda no tempo do império, o nosso Passeio Público era dividido, no primeiro setor os fidalgos e lá embaixo na praia ficavam os escravos, engraçado é que a pouco tempo esse mesmo Passeio Público era freqüentado por outras pessoas (vocês sabem não precisa nem citar).
Mas é isso aí, até hoje continua essa divisão, certo que no leste também já têm favelas, pois em todo luxo tem que ter um pouquinho de lixo, ou será que é todo lixo que tem que ter um pouquinho de luxo. E também no oeste tem aqueles que se sobressaem na questão financeira, mas enfim, há muito tempo todo fim de semana faço essa rota do centro ao oeste e é engraçado as mudanças que vejo no cenário da janela do ônibus, até certo ponto as casas são novinhas, bonitinhas, boa iluminação nas ruas, mas então de uma hora pra outra muda o cenário (segundo ato), tudo se transforma. Aparecem os meninos no sinal, as meninas nas esquinas, a sujeira nas ruas, a escuridão das ruas, a polícia passando com aquele ar de superioridade e mais outros atores.
O que eu admiro é que mesmo com tanta falta de condições ideais, o povo é alegre, qualquer barzinho que você vê o povo tá fazendo festa. Do centro ao oeste eu vejo de tudo nessa cidade e é isso aí, como dizia Chico Science: "A cidade não para, a cidade só cresce", "Da lama ao caos, do caos à lama", com toda as diferenças a vida continua lá na Aldeota e aqui no Conjunto Ceará também, aqui muito melhor do que lá...

sábado, 2 de agosto de 2008

Fazer a diferença

Vamos matar a natureza,
Ela já não serve mais.
Vamos matar gente inocente
E no outro dia dizer que foi sem querer.

Vamos roubar o dinheiro do país,
Comprando futilidades das vitrines.
Vamos mentir na TV,
Todos irão acreditar.

Vamos vibrar com os nossos atletas,
Eles são os nossos heróis.
Vamos votar nos ladrões
E esperar que eles mudem o Brasil.

Vamos mentir para nossos filhos,
Eles não são capazes de nos superar.
Vamos viver sem amor,
Isso já não é mais necessário.

(Janderson Oliveira)

Acabei de escrevê-la pensando em diversas coisas, diversos problemas, não sei nem se é uma poesia, mas era uma idéia que queria passar...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Aquecimento Global...



Cinza

O mundo é teu, é teu umbigo,
Chapado e aquecido.
Deve ser o fogo amigo,
Queimando tudo, joio e trigo.

Corre mundo um aviso,
Corre risco teu umbigo,
Se correr o bicho pega,
Se ficar corre perigo.

Bruxas dançam na fogueira,
Inimigos na trincheira.
Um calor infernal, congela teu sorriso
E o paraíso tropical.

Sangue, suor e óleo diesel,
Com limão e muito gelo.
Arco íris made in China,
De bobeira à beira da piscina.
O mundo é teu até o final,
Pra sempre em tempo real.

Bruxas dançam na fogueira,
Inimigos na trincheira.
Um calor infernal, congela o paraíso,
O sorriso é glacial.

Vamos visitar o passado, mundo distante, passado muito além.
Onde a pessoa não valia pelo que ela é,
Só valia por aquilo que ela tem.
Vamos assistir ao naufrágio de um Titanic pesado e frágil,
Que foi à pique sem dó nem piedade,
Pela febre da ganância, pela falta de humildade.
Vamos perdoar aquela gente
Que não soube enxergar um pouquinho na frente
E secou até a última fonte, queimou a floresta,
Matou a semente.
Vamos celebrar a nova civilização que nasceu da destruição
E já nasceu cuidando do que tem
Pra não ter que aprender perdendo tudo também.

Bruxas dançam na fogueira,
Inimigos na trincheira.
Um calor infernal, congela teu sorriso,
O é paraíso é virtual.

Corre atrás do prejuízo,
Corre risco teu sorriso.

(Humberto Gessinger / Carlos Maltz)

"Aquecimento Global..." está em todo canto, até na música dos Engenheiros do Hawaii. A música "Cinza" foi gravada no CD Novos Horizontes - Acústico II, parceria entre Gessinger e Maltz, antigos parceiros, será que irão voltar aos velhos tempos?...

Eles matam o mundo

O que eles querem fazer com o mundo?
Eles não passam de uns imundos.
Eles poluem o rio, eles poluem o mar,
Eles poluem a terra, eles poluem o ar.
Será que eles não percebem que tanta poluição,
Só está acarretando muita devastação.

O tal morro brilhante está escurecendo,
As geleiras lá nos pólos estão derretendo,
Nossas florestas estão todas morrendo
E as águas na Amazônia desaparecendo.
Enquanto isso o dono do mundo com o seu nariz empinado,
Não foi lá em Kyoto assinar o tal tratado.

Como eles querem viver com tanta imundice?
Será que eles não percebem sua própria babaquice?
Agora apareceu uma nova invenção,
Árvores artificiais para diminuir a poluição.
Mas como pode transformar a natureza
Em robôs controlados à mão?

O dióxido de carbono está nos sufocando,
A cada dia várias espécies estão se acabando,
O nível do mar está elevando
E os furacões se manifestando.
Enquanto isso o furacão destruiu toda cidade
E o dono do mundo não ajuda a humanidade.

Será que existe alguma solução?
Como vai acabar essa contaminação?
O todo poderoso já mandou os seus sinais,
Aquele terremoto não é o homem que faz.
Mas o todo poderoso errou a direção,
O tiro era para ser mais ao leste do Japão.

O tal terremoto deveria atingir onde o dono do mundo mora
E aproveitar para levar logo ele embora.
Aí ele iria bater um papo com o todo poderoso
E confessar todos os crimes que eles fez com o povo.
Enquanto isso o dono do mundo com a sua patroa no colo
Não foi lá em Kyoto confirmar o protocolo.

(Janderson Oliveira)

Escrevi essa em 2005 (eu acho), dando uma geral de como anda o nosso clima, a natureza, o mundo, de lá pra cá as coisas só vêm piorando né. Aí como diz a música acima está tudo "Cinza" né, a música também fala sobre esse problema do aquecimento global, será que ele se inspirou no meu poema? Hehehehehe...

Sobre Jogos Olímpicos...

Quem não se emociona em assistir uma partida da nossa seleção, quem não adora ver um belo drible dos nossos jogadores e golaços feitos mundo à fora. Eu confesso que também adoro assistir, não só ao futebol, mas diversos esportes, gosto da plasticidade de movimentos como uma bicicleta no futebol, uma cortada no voleibol, uma enterrada no basquete (o basquete é o principal esporte que gosto de assistir) ou um salto na ginástica.
Realmente são coisas lindas de serem vistas, mas me digam uma coisa, precisavam gastar tanto com os Jogos? Os governos poderiam gastar com saúde, educação, saneamento e mais um monte de coisa que falta, mas não, gastam bilhões com os Jogos Olímpicos. Certo que o esporte é uma forma de poder crescer na vida, tal e coisa e blá, blá, blá, mas quantos conseguem chegar ao topo, à vitória, quantos viram um Pelé, Daiane, Giba, Ronaldo, etc.
Porque não pegar esse dinheiro e investir nas escolas públicas, coloquem o esporte lá também, mas de forma consciente, crítica, formando cidadãos para o mundo e não para ganhar medalhas que não valerão nada para o resto da população. Vamos trabalhar com o esporte, vamos, mas vamos trabalhar um esporte educacional baseado em idéias novas que não só a busca pelo rendimento, pelo ser o melhor, por vencer a qualquer custo, vamos ver a nossas crianças não apenas como prodígios atletas, mas como futuros cidadãos capazes de melhorar a situação de vida de muitos brasileiros.
Mas, até quando vamos aplaudir somente os campeões e esquecer o resto da população? Na própria China, onde serão realizados os próximos Jogos, crianças são mortas e deixadas nas ruas e ninguém tá nem aí é só mais um corpo estendido no chão, um país onde a maioria da população (e pense numa população) sofre com a pobreza, durante duas semanas todo o mundo só terá olhos para lá, para os superatletas é claro, o resto do povo, ah é só o resto deixa eles para lá.
Sei que muitos jogarão pedra em mim, mas é só a verdade pessoal...